Em conferência de imprensa realizada hoje, na Guarda, os representantes da Plataforma referiram que a tribuna pública transfronteiriça será organizada pelas 11:00 do dia 15 de maio, uma quarta-feira.
Segundo Luís Garra, da União de Sindicatos de Castelo Branco, a iniciativa realiza-se em época de pré-campanha para as eleições europeias do dia 26 de maio, porque os promotores pretendem colocar na ordem do dia o assunto da abolição das portagens nas autoestradas A23 e A25.
“Para que se entenda que esta ação também visa colocar o debate sobre as portagens no Interior, no centro do debate político para as eleições europeias”, justificou.
A ação, sendo uma tribuna pública, “é uma tribuna onde as várias organizações que a ela venham a aderir poderão usar da palavra”.
“Neste momento temos garantida a adesão das várias organizações sindicais que integram o Comité Sindical Inter-regional de Castilha e Leão, Beiras e Nordeste de Portugal, que é composto pela CGTP e UGT de Portugal e pelas Comissiones Obreras e UGT Espanhola”, acrescentou.
O responsável garante que “estas quatro organizações reuniram e estão em consonância com os objetivos da ação”, explicou.
“Nós estamos plenamente conscientes de que o problema das portagens é um problema económico, é um problema social, e é nesse sentido que insistimos na necessidade da abolição das portagens mesmo que através de reduções progressivas”, defendeu.
No encontro com os jornalistas, foi também feito o ponto de situação dos resultados obtidos até ao momento, tendo a Plataforma concluído que as reduções nas portagens aplicadas pelo Governo são insuficientes.
“As descidas [das portagens] para as empresas já fazem alguma diferença”, mas “é curto aquilo que se tem vindo a passar até aqui”, disse José Gameiro, da Associação Empresarial da Beira Baixa (Castelo Branco).
Pedro Tavares, da Associação Empresarial da Região da Guarda, também considera que os descontos em vigor “são insuficientes”.
No primeiro trimestre deste ano, 470 empresas aderiram aos descontos em vigor para veículos pesados e “dessas 470 foram concedidas à volta de 350”, o que, pelas contas de Luís Garra, “representam à volta de três mil veículos”.
“Isto significa que é irrisório, porque estamos a falar de todos os territórios de baixa densidade”, alertou o dirigente da União de Sindicatos de Castelo Branco.
A Plataforma Pela Reposição das Scut na A23 e A25 integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda, nomeadamente a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.