Os Açores vão receber uma extensão do festival Cine’Eco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, único do país dedicado ao ambiente, visando sensibilizar para os problemas com que é confrontado o setor, foi hoje anunciado.
A iniciativa do Expolab – Centro de Ciência Viva, em parceria com o 9500 cineclube, que tem como uma das suas missões a sensibilização ambiental, na ótica de Carolina Ferraz, da organização da extensão do Cine’Eco, justifica-se porque também nos Açores se “começa a ter alguns problemas” ambientais como os microplásticos e a poluição, entre outros.
Para aquele elemento do Expolab, torna-se “importante fazer as pessoas refletirem e ajudá-los a mudarem de atitude”, arrancando a extensão do Cine Eco de Seia em São Miguel, na sexta-feira.
Vão ser exibidos os documentários “A Terra nas minhas mãos”, de Nicolas Conte, da Argentina, “Hamoun Outra Vez”, de Mohammad Ehsani, do Irão, que recebeu a menção honrosa júri da juventude, e “Coros do Anoitecer”, de Nika Saravanja e Alessandro D’Emilia, com David Monarch.
Este último documentário recebeu o Grande Prémio Cine’Eco 2017 – Competição Internacional Longas Metragens.
O documentário assinado por Nicolas Conte é uma curta-metragem de animação abordando, de acordo com Carolina Ferraz, o “uso insustentável da água no dia a dia”.
Já a média metragem da responsabilidade de Mohammad Ehsani está relacionada com um lago que secou no Irão e todos os problemas sociais e económicos que esta realidade gerou.
O último documentário é um registo feito por um compositor sobre os vários sons da natureza, especificamente da floresta da Amazónia.
A extensão do festival nos Açores prolonga-se até 08 de junho.
O formato do Cine Eco desenvolve-se através de conjunto de atividades que se desenrolam ao longo de oito dias, incluindo diversas ações paralelas como conferências, concertos, ‘workshops’, exposições, além da secção competitiva e vários ciclos de cinema.
Oferecendo ao público um “cinema de qualidade e cinematografias pouco conhecidas e alternativas em relação ao mercado tradicional”, o certame “procura cativar novos públicos, sensibilizando-os para o cinema, a sua história e a sua estética”.