Francisco José Viegas faz um retrato da vida do Pocinho (Vila Nova de Foz Côa)

Trata-se de uma edição lançada pela FFMS que vai editar ao longo do ano 15 novos títulos nas coleções “Ensaios” e “Retratos”, entre os quais um retrato do Pocinho.

A Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) edita ao longo do ano 15 novos títulos nas coleções “Ensaios” e “Retratos” da fundação, entre os quais um retrato da Costa da Caparica, pela escritora Luisa Costa Gomes.

As novidades foram avançadas hoje, durante a apresentação do plano editorial da FFMS.

Em Maio, os retratos da autoria de Francisco José Viegas, José Sousa Rego e Luísa Costa Gomes levam os leitores de viagem ao Douro, de visita ao centro do poder em Portugal e numa expedição à Costa da Caparica.

“Da Costa” é “um flanar pelas praias e montes da Caparica”, através de conversas e entrevistas, pela contista, romancista e dramaturga Luísa Costa Gomes.

“Vai à Cova do Vapor e sobe depois pelas quintas, vestígios das famílias fidalgas que vinham à Margem Sul desenfadar‑se da Corte e de Lisboa. O percurso termina no Bairro dos Cooperativistas, habitação construída para operários da Lisnave”, lê-se na sinopse deste retrato.
“A Curva de Um Rio”, de Francisco José Viegas, debruça-se sobre o rio Douro, subindo até ao Pocinho, no concelho de Vila Nova de Foz Côa, onde pulsa o Douro Superior.

Memória familiar, reportagem e diário sentimental, este livro retrata a vida do Pocinho, aldeia que foi devorada pelo deserto e está quase abandonada.

“No Centro do Poder”, de José Maria Sousa Rego, traça um retrato do “poder por dentro”, revelando que a atual Administração Pública “é cara, ineficiente e não serve bem os portugueses”, e propondo cinco medidas para a sua reforma.

No que respeita aos ensaios a serem publicados no mês de maio, Álvaro Garrido traz “As Pescas em Portugal”, no qual reflete sobre o “caso paradoxal” de Portugal: com 1.610 quilómetros de costa, é palco frequente de polémicas no setor das pescas.

O psiquiatra José Caldas de Almeida debruça-se sobre “A Saúde Mental dos Portugueses”, na perspetiva do preconceito existente em relação a esta doença e a ideia de que os tratamentos não resultam, para se questionar sobre qual o caminho da saúde mental em 2018.
O critico de cinema João Lopes publica “Cinema e História”, uma incursão que parte dos irmãos Lumière e percorre o século XX, num ensaio sobre “um instrumento que conta as nossas histórias e nos permite pertencer à realidade dos seres e lugares filmados”, refere a fundação.

O mês de setembro traz três novos ensaios: “Desperdício Alimentar”, de Iva Pires, “Ditadura e Democracia” (título provisório), de Filipa Raimundo, e “Envelhecimento e Políticas de Saúde”, de Teresa Rodrigues.

Iva Pires tomou como ponto de partida a frequência com que se encontra comida em perfeitas condições para consumo nos contentores da rua, fala sobre o desperdício de alimentos, e interpela o leitor sobre quando foi a ultima vez que deitou comida fora e a razão por que o fez.

A ideia base do ensaio de Filipa Raimundo é a de que as ditaduras que marcaram o século XX europeu deram lugar a novas democracias, mas os valores e atitudes autoritários continuam a marcar as sociedades contemporâneas.

O ensaio de Teresa Rodrigues abarca as políticas de saúde, tendo em conta que Portugal é atualmente o sexto país mais envelhecido do mundo, que o Serviço Nacional de Saúde ameaça colapsar e que as pensões de reforma são incertas.

Entretanto chegaram hoje às livrarias os retratos “Com a Devida Vénia”, de Daniel Seabra Lopes e Ricardo Gomes Moreira, sobre o que se passa no interior dos tribunais, “Filhos da Quimio”, de Nelson Marques, retrato de cinco mulheres que enfrentaram o cancro durante a gravidez, e “Terapias, Energias e Algumas Fantasias”, de João Villalobos, que versa sobre as terapias alternativas, na perspetiva dos seus defensores e dos seus críticos.

À venda desde janeiro estão também três ensaios, um sobre “Hiperatividade e Défice de Atenção”, de Pedro Strecht, outro sobre a importância dos laços sociais numa sociedade que valoriza a individualidade e a competição – intitulado “Nós e os Outros”, da autoria de Maria Luísa Pedroso de Lima -, e outro sobre a “Qualidade da Democracia em Portugal”, de Conceição Pequito Teixeira.


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