A autarquia de Gouveia, presidida por Luís Tadeu, refere, numa nota publicada na página oficial na rede social ‘Facebook’, que a medida abrange as freguesias afetadas pelos incêndios de 15 e 16 de outubro, onde a água da rede pública é da gestão do município.
“Considerando o uso de água da rede pública no combate aos incêndios pelos munícipes, o município vai assumir o excesso de consumo, verificado em função da média dos últimos 12 meses, o que será refletido na fatura de dezembro de 2017”, lê-se na nota da autarquia de Gouveia, situada na Serra da Estrela.
O vizinho município de Seia, também no distrito da Guarda, presidido por Carlos Filipe Camelo, anunciou recentemente que a Câmara Municipal “assume o previsível acréscimo dos consumos de água da rede pública, usada no combate ao fogo e nas operações de limpeza”.
As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15 de outubro, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.
Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Esta foi a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.