Eduardo Lourenço nasceu em São Pedro de Rio Seco (Almeida) a 23 de Maio de 1923. Frequentou o Liceu da Guarda e cursou Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Após o curso, lecionou nessa faculdade como professor assistente, até 1953, iniciando a sua colaboração em revistas como a Vértice, onde se estreou com um poema e onde foi publicando ensaios.
A partir de 1953 exilou-se voluntariamente, por estar desapontado com a vida académica portuguesa, não chegando a apresentar a tese de doutoramento, então em projeto, sobre o tema “Tempo e Verdade”. Lecionou, então, em universidades estrangeiras nas cidades de Hamburgo, Heidelberg, Montpellier, São Salvador da Baía, Grenoble e Nice.
A abordagem crítica da realidade, inicialmente inspirada pelo neorrealismo, aproximou-se depois do existencialismo e tornou a sua produção ensaística num fenómeno singular na cultura portuguesa.
A sua obra tem sido também permeada pela literatura, levando-o a escrever sobre escritores portugueses, como Miguel Torga, Vergílio Ferreira, Agustina Bessa-Luís, Jorge de Sena e José Saramago, entre outros, voltando a temas políticos quando a realidade o motiva a tal.
Eduardo Lourenço é tido como um dos mais prestigiados intelectuais europeus.