Segundo a autarquia presidida por Luís Tadeu, o programa comemorativo terminou “com um conjunto de eventos que pretendem manter a dinâmica de um programa iniciado precisamente há um ano, quando se assinalaram os 100 anos do nascimento do escritor”.
O autor de “Manhã Submersa” nasceu na aldeia de Melo, no concelho de Gouveia, na Serra da Estrela, a 28 de janeiro de 1916, e morreu a 01 de março de 1996.
O programa, que decorreu sob o lema “366 dias a (re)viver Vergílio Ferreira”, começou às 9 horas de sábado, com uma caminhada pelo Roteiro Literário Vergiliano, organizada pela Juventude Melense em colaboração com a Junta de Freguesia de Melo.
A meio da manhã foi apresentada, na Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira, em Gouveia, o volume coletivo “Vergílio Ferreira – Escrever e Pensar ou O Apelo Invencível da Arte”, editado pelo município em colaboração com o Instituto de Literatura Comparada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Segundo a mesma fonte, a publicação “contém dezenas de ensaios de reputados virgilianos, portugueses e estrangeiros” e é o resultado do colóquio internacional com o mesmo nome, realizado em maio de 2016, no Porto e em Gouveia.
O volume coletivo, com organização de Ana Paula Coutinho, Isabel Pires de Lima, Joana Matos Frias e Jorge Costa Lopes, será apresentado por Isabel Pires de Lima.
À tarde , a aldeia de Melo foi palco das iniciativas dedicadas ao escritor.
Às 14h30, teve início um encontro das bandas musicais do concelho de Gouveia, seguido, pelas 16 horas, da inauguração de uma estátua dedicada a Vergílio Ferreira, da autoria do escultor António Nogueira.
Às 16h10 teve lugar a sessão pública de encerramento das comemorações, com intervenções protocolares e a assinatura do contrato de compra e venda, pelo município de Gouveia, da “Vila Josephine”, também conhecida por “Casa Amarela”, que pertenceu aos pais de Vergílio Ferreira e que inspirou a arquitetura da casa da ficção de “Para Sempre” e “Cartas a Sandra”.
A autarquia assinala que a assinatura do contrato de aquisição do imóvel será um dos momentos “mais relevantes” do programa, “sobretudo pela atratividade que irá gerar, no futuro, junto dos estudiosos e leitores de Vergílio Ferreira, mas também enquanto polo de desenvolvimento cultural local”.
O programa comemorativo do Centenário do Nascimento de Vergílio Ferreira terminou à noite, no Teatro-Cine de Gouveia, com um concerto de Rodrigo Leão, que incluiu um tema em estreia nacional e de homenagem ao autor de “Cântico Final”.
O músico foi acompanhado em palco pela Orquestra Ligeira de Gouveia, dirigida pelo maestro Hélder Abreu.