As Grandes Opções do Plano e o orçamento do município liderado por Álvaro Amaro (PSD/CDS-PP) foram aprovados com 50 votos a favor, seis abstenções (duas de eleitos da CDU e quatro do PS) e 14 votos contra (dois do BE e 12 da bancada do PS).
Segundo o presidente da autarquia, o orçamento para o próximo ano “espelha bem uma opção estratégica para captar investimento e pessoas”.
“Isso estimula a economia e é por aqui que nós devemos continuar”, disse Álvaro Amaro, que rejeitou a ideia de se tratar de um documento “eleitoral” a pensar nas autárquicas, como sustentou o líder da bancada do PS, António Monteirinho.
Na discussão do documento, o socialista criticou a estratégia da maioria PSD/CDS-PP, referindo que “não há uma aposta no social, como tem sido transmitido pelo senhor presidente da câmara”.
António Monteirinho disse ainda que “é um orçamento eleitoral” e que os projetos apresentados “são investimentos limitados no tempo” quando são necessários “investimentos prolongados no prazo”.
Pedro Nobre (PSD) lembrou que a autarquia em 2009, quando era liderada pelos socialistas, apresentou um orçamento no valor de 102 milhões de euros. Comparando o valor de 2009 com o planeado para 2017 perguntou: “Este é que é um orçamento eleitoralista?”.
O presidente da autarquia sublinhou na sua intervenção que o documento para 2017, o último do atual mandato autárquico, “é um orçamento com opções”.
Álvaro Amaro refere na nota introdutória que “é um orçamento da responsabilidade política, do cumprimento ético da boa gestão dos fundos públicos, que reforça a confirmação de um trabalho de recuperação económico-financeira do Município da Guarda que volta, finalmente, a ter a notoriedade institucional face aos compromissos e obrigações perante as instituições, empresas e cidadãos”.
“Este é, por isso, um orçamento da reposição de credibilidade que consolida o trabalho notável que se fez em três anos. Mas que ambiciona continuar a investir nas opções fundamentais, nas várias áreas da governação pública, para uma Guarda mais forte, mais firme na sua capitalidade, mais competitiva, mais capaz, mais estimulante para as empresas e para as famílias”, remata.
A recuperação e remodelação das vias de comunicação urbanas e interurbanas, a regeneração urbana, a aposta nas áreas rurais com novas obras e repavimentação das vias e a revisão do Plano Diretor Municipal são algumas das apostas para 2017.
O “reforço da Guarda como cidade educadora”, o apoio às famílias através da ação social escolar e o desenvolvimento de mais ações de natureza solidária e de combate à pobreza e exclusão social são também intenções da autarquia.
Em 2017, o município da cidade mais alta do país também pretende reforçar o apoio às associações do concelho e apostar na cultura e na promoção de grandes eventos multidisciplinares com impacto em retorno económico e mais fluxos turísticos.