Altice aposta na discriminação positiva do interior de Portugal

Um representante da Altice, Sérgio Figueiredo, disse hoje que a multinacional de telecomunicações aposta numa “discriminação positiva” do interior de Portugal.

André Figueiredo frisou que a Altice, ao criar um centro de contacto (“call center”) em Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, que até final do ano deverá empregar 50 pessoas, maioritariamente jovens, revela um investimento na valorização dos territórios de baixa densidade demográfica, “que outros não fazem”, violando princípios de igualdade consagrados na Constituição da República.

“Garanto-vos que estes investimentos nas regiões do interior são sólidos”, sublinhou o também presidente socialista da Assembleia Municipal do vizinho concelho de Seia, no distrito da Guarda, ao intervir no salão nobre dos Paços do Município de Oliveira do Hospital, na cerimónia de assinatura de um protocolo de colaboração entre a Câmara local e a Randstad Portugal, empresa de recursos humanos responsável pela instalação do centro da Altice, em parceria com esta multinacional.

O objetivo do grupo “é apostar nas regiões do interior”, disse, ao sublinhar que a nova unidade, especializada no atendimento em língua francesa, “é um investimento que se traduz em salários e em emprego”.

“Não temos complexos de inferioridade em relação ao interior”, afirmou, por sua vez, o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, eleito pelo PS.

Na sua opinião, “é possível transformar o interior numa zona de grande qualidade de vida” e o concelho cujo executivo lidera “é uma terra de oportunidades”.

Instalado no Espaço Multiusos do Mercado Municipal, o novo “call center” da Altice vai prestar atendimento em francês e tem como objetivo a criação na totalidade de 200 postos de trabalho.

Em nome da Randstad Portugal, José Miguel Leonardo disse que a empresa assinou hoje, em Oliveira do Hospital, o 11.º protocolo para criação de centros de contactos em Portugal.

Até final deste ano, a empresa prevê empregar “quase 2.000 pessoas no projeto” de parceria com a Altice, incluindo a criação de mais um centro de contacto.

“Mais de 90% das pessoas que aderiram a este projeto”, a nível nacional, “estavam no desemprego”, realçou.

José Miguel Leonardo deu o exemplo de uma mulher de 65 anos, em processo de formação para trabalhar no centro de Oliveira do Hospital, cujos “excelentes resultados” fez questão de enaltecer.


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