“Estamos mais focados na zona de Vila Real, sabendo que continuamos a exercer ações também nos distritos limítrofes, tanto a norte como a sul”, disse à Lusa o porta-voz da GNR, major Marco Cruz.
Segundo a mesma fonte, a “prioridade continua a ser a segurança das populações mais isoladas, principalmente nos distritos de Viseu, Aveiro e Guarda”.
“Estamos a falar de um suspeito que já mostrou que é perigoso. A prioridade continua a ser a segurança das pessoas, que é preciso acautelar”, frisou.
O porta-voz da GNR acrescentou que os comandos territoriais “têm trabalhado muito no sentido de procurar o principal suspeito”, continuando a “investigação criminal e a recolha de indícios”.
Continua assim, segundo a mesma fonte, a “estratégia seguida nos últimos dias”, sendo que a GNR “se mantém alerta desde o dia dos acontecimentos”.
Quanto à viatura furtada ontem à tarde pelo suspeito, “ainda não foi localizada”, afirmou.
Um militar e um civil foram assassinados a tiro na manhã de 11 de outubro em Aguiar da Beira, no distrito da Guarda, onde também um outro militar e uma civil ficaram feridos com gravidade.
Já durante a tarde, na zona de Candal, um outro militar da GNR foi também ferido com uma arma de fogo.
O presumível homicida encontra-se, desde então, em fuga, apesar das operações policiais em curso para o capturar.
Hoje, a GNR informou que a viatura que terá sido furtada esta tarde pelo suspeito dos crimes de Aguiar da Beira foi avistada em Vila Real, a pouco mais de cem quilómetros do local onde ocorrera o furto do veículo.
“Um carro patrulha da GNR cruzou-se com a viatura furtada na zona industrial de Vila Real. A patrulha ainda foi atrás da viatura durante algum tempo mas perdeu-lhe o rasto”, disse a mesma fonte.
Horas antes, a GNR afirmara que um homem, que tudo indica ser o suspeito dos crimes de Aguiar da Beira, tinha sequestrado um casal de idosos numa residência em Moldes, Arouca (distrito de Aveiro) e roubara a viatura de um deles, pondo-se em fuga.
“Todas as opções estão em aberto, mas há fortes suspeitas de que seja o mesmo indivíduo que anda a monte”, disse à Lusa o tenente-coronel Vendas Alves, da GNR de Aveiro, adiantando que o casal de idosos identificou o agressor como sendo o presumível homicida.