Deputado do PS questiona Governo sobre falta de médicos em Figueira de Castelo Rodrigo

O deputado socialista Santinho Pacheco anunciou hoje que questionou o Governo sobre a falta de médicos no centro de saúde de Figueira de Castelo Rodrigo, situação que levou a autarquia a criar um Cartão Municipal de Saúde.

“Quando será o centro de saúde de Figueira de Castelo Rodrigo dotado de médicos, enfermeiros e outro pessoal de saúde em número adequado, por forma a garantir a toda a sua população o cumprimento do direito constitucional de prestação de cuidados de saúde no âmbito de Serviço Nacional de Saúde (SNS)?”, questiona Santinho Pacheco numa pergunta dirigida ao ministro da Saúde, através da Assembleia da República.

No documento, o deputado eleito pelo círculo eleitoral da Guarda lembra que em novembro de 2014 aquele concelho passou a ter, no centro de saúde, “apenas dois médicos, para uma população superior a 6.200 habitantes”.

A Câmara Municipal “entendeu ser seu dever defender a saúde dos seus concidadãos e procurar, com os seus próprios meios logísticos e financeiros, dotar o município com um Sistema de Cuidados de Saúde paralelo ao SNS”, sustenta.

“É assim que nasce o Cartão de Saúde Figueira Saudável, que cobre todos os interessados em todas as freguesias do concelho, estando neste momento válidos 4.672 Cartões de Saúde”, esclarece.

Segundo Santinho Pacheco, o serviço disponibiliza consultas de clínica geral, de especialidade e exames de diagnóstico, tendo um custo para o município de 300 mil euros.

“Até ao momento foram já realizadas 1.904 consultas e 216 consultas de especialidade, 650 análises clínicas, 518 exames de imagiologia”, entre outros serviços, refere no documento.

O socialista considera que, “independentemente do grau de satisfação” da população com o serviço suplementar de saúde, não é possível “pactuar por mais tempo com uma solução que coloca Figueira de Castelo Rodrigo fora do SNS”, alegando que naquele concelho do interior raiano “o que há verdadeiramente é um SMS (Serviço Municipal de Saúde)”.

Assim, pergunta ao ministro da Saúde se o atual Governo pretende “continuar a ignorar” a situação “tal como fez o Governo PSD/CDS”.


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