Município de Gouveia homenageia Fernão Botto Machado em S. Bento

O Município de Gouveia e a Assembleia da República inauguram hoje, pelas 12h30, no piso 0 do palácio de S. Bento, a exposição Fernão Botto Machado: vida e obra, que estará patente no palácio de S. Bento até ao dia 28 de abril.

A iniciativa da autarquia gouveense insere-se nas atividades que assinalam os 40 anos do poder local, tendo como objetivo aproximar os órgãos do poder local com os do poder central e homenagear um dos grandes rostos da república, o gouveense Fernão Botto Machado.

Para além da inauguração da exposição a comitiva gouveense composta por membros da assembleia municipal e presidentes de junta, vai assistir ao debate plenário com o primeiro-ministro agendado para as 10 horas, visitar a casa do concelho de Gouveia e depositar uma Coroa de flores no túmulo de Fernão Botto Machado em Lisboa.

Fernão Botto Machado nasceu em Gouveia a 20 de julho de 1865, foi um cidadão ética e politicamente empenhado na causa republicana. Para além das causas sociais dos trabalhadores abraçou também a luta pela emancipação das mulheres, a instrução pública para todos e o direito dos animais. Desde muito cedo abraçou a causa socialista e republicana, tendo sido candidato socialista em 1903 e em 1910 pelo partido Republicano, vindo a ser eleito para a assembleia constituinte nas eleições de 1911.

Participou nas ações revolucionárias da implantação da república em 5 de outubro de 1910, teve como missão, pela comissão de resistência da maçonaria, “sublevar” as cidades de Sacavém e Camarate. Ocupou diversos cargos políticos, mas a sua maior causa era a social, olhando com adoração pelas classes operárias, às quais dedicava maior parte dos seus trabalhos, chegando mesmo a ser chamada de anarquista, devido a sua forte ligação com as preocupações sociais da vida dos operários.

Depois da sua morte a 3 de novembro de 1924, atualmente, o jardim Fernão Botto Machado (lisboa) e o centro escolar republicano Fernão Botto Machado (fundado a 15 de janeiro de 1906 em lisboa), mantêm vivo o seu nome e, consequentemente, os ideais republicanos e progressistas que caracterizaram a vida deste nobre republicano e humanista, ilustre gouveense e português.


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