No âmbito do 19º Ciclo do Teatro Universitário da Beira Interior, o Teatro Asta organiza, uma vez mais, o habitual Mercado Negro. Uma espécie de feira onde se podem encontrar produtos dos mais variados, uns usados, outros novos, nomeadamente livros, cd’s, dvd’s, roupas, sapatos, malas, etc.
Esta iniciativa comercial surge para liquidar material sem utilidade no momento, mas com qualidade, que se encontra no Teatro Asta, ou que foi oferecido pela população. É mais uma atividade dentro do Teatro que serve para angariar fundos que revertem para a Associação. Graça Faustino, atriz da Asta, explica que “as pessoas aderem enquanto estão à espera para entrar na sala e assistir às peças. É uma maneira de passarem um pouco de tempo para se distraírem e perceberem o que há de novo.”
Para muitos, é a oportunidade para adquirir artigos irrepetíveis de produção. Não deitar fora peças antigas e com pouco uso, significa ter peças originais e mais baratas, uma ajuda para qualquer carteira. Rafaela Ciríaco, aluna de Design de Moda da Universidade da Beira Interior, revela: “Acho interessante este género de iniciativas. Muitas das roupas em segunda mão têm bastante qualidade, isso nota-se, por exemplo, nos acabamentos. Vivemos numa sociedade de FastFashion. É habitual ver pessoas a comprar roupa todas as semanas. Querer ter mais roupa, sobrepõe-se ao facto de querer ter menos mas com qualidade.”
Com produtos a preços mais baixos do que habitualmente estariam, Graça Faustino explica que “ambas as partes beneficiam. O espectador leva algo de que gosta e nós vendemos o produto. É uma mais-valia para nós que precisamos de fundos no mundo do espectáculo, com os rendimentos da arte em declínio.” Os artigos retro/vintage são os que têm maior procura por companhias de teatro e dança que se encontram no espaço, explica.