O autarca Paulo Langrouva (PS) disse à agência Lusa que após a publicação do concurso público internacional no jornal oficial das comunidades, segue-se o prazo de 47 dias para as seguradoras e empresas da área da saúde apresentarem as suas propostas.
“Será escolhida a proposta economicamente mais vantajosa”, com base em critérios relacionados com o preço e com a sua qualidade, indicou.
A entrada em vigor do novo serviço de saúde prestado à população, que tem um custo anual de cerca de 300 mil euros para a câmara municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, poderá acontecer em junho deste ano, vaticina o responsável.
O “Seguro de Saúde Municipal – Figueira Saudável” pretende colmatar as falhas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), proporcionando aos residentes o acesso a cuidados de saúde primários, como consultas genéricas e de especialidades e de serviços de diagnóstico, totalmente gratuitos, segundo a autarquia.
De acordo com Paulo Langrouva, a medida surge com o objetivo de suprir as falhas do SNS e de “minimizar as dificuldades que os munícipes têm no acesso à saúde”.
O seguro municipal de saúde, que pretende servir de “complemento” ao SNS, permitirá que todos munícipes, “num prazo máximo de sete dias”, tenham acesso a uma consulta de clínica geral ou de especialidade, numa rede de clínicas “que não pode ultrapassar o raio de 150 quilómetros”.
Os utentes que recorram ao seguro “não vão pagar qualquer taxa” pelo serviço prestado “nem ter despesas com os transportes”, assegura o autarca.
O concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda, junto da fronteira com Espanha, tem atualmente cerca de 9.290 habitantes mas, pelas contas da autarquia “mais de um terço dos residentes” não tem médico de família.
