Promover a investigação, ajudar à internacionalização e procurar captar fundos comunitários. São estes os três objetivos do WorkIn@FCHS, que surge para ser um espaço com várias dinâmicas, mas sempre com a ideia de complementaridade em perspetiva. Os alunos dos 2.º e 3.º ciclos e os centros de investigação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) recebem um local privilegiado para trabalhar, ao mesmo tempo que as empresas ou outras entidades da região passam a ter uma estrutura de apoio para os seus processos de crescimento.
“Mais do que para a Faculdade, tem importância para a comunidade e para a região”, sintetiza Pedro Guedes de Carvalho, presidente da FCSH, sobre o espaço que foi instalado no antigo Cybercentro e está a funcionar desde quarta-feira, dia 1 de outubro.
Para a cerimónia, além do vice-reitor Paulo Moniz e António Fidalgo, reitor da UBI, foram convidadas entidades locais, autarquias e agrupamentos de escolas. O que se pretende é que acabe de vez a perceção de que a UBI está de costas voltadas para a região e vice-versa, salienta Pedro Guedes de Carvalho.
“Nós queremos muito apoiar as empresas locais que já têm escala e que querem internacionalizar-se”, explica o presidente da FCSH, acrescentando que o WorkIn@FCHS está apto para “fazer os estudos que indiquem como é que elas se devem fazer: com quem, com que parcerias e que redes é que devem estabelecer”.
A tentativa de apoiar projetos que possam alcançar recursos ficou bem patente durante a inauguração do novo espaço. Perante os representantes dos centros de investigação ligados à FCSH, um representante da IDT Consulting falou sobre o Horizonte 2020, o Programa-Quadro Comunitário de Investigação & Inovação, que tem para distribuir 77 mil milhões de euros até 2020. Um plano com recursos que interessam à FCSH e à UBI, e que a estrutura agora em funcionamento pode favorecer.
Helena Alves, vice-presidente da Faculdade encarregue da coordenação do WorkIn@FCHS, considera que a proximidade dos investigadores irá ajudar na elaboração de candidaturas. “A multidisciplinaridade é uma das condições essenciais para dar força aos projetos. Um problema pode ser abordado de forma transversal: pela gestão, sociologia, psicologia, desporto ou saúde. Estarmos num espaço conjunto, onde podemos trabalhar e conversar, é muito importante para a investigação e o surgimento de ideias”, defende a docente, que nomeia o envelhecimento como uma temática onde a UBI tem competências que pode desenvolver.
Promover a motivação dos alunos
Também se espera que o diálogo surja entre os alunos dos 2.º e 3.º ciclos, outros destinatários do WorkIn@FCSH. “Vamos proporcionar-lhes um espaço onde, por exemplo, um aluno de doutoramento pode investigar sossegado, deixar os seus materiais e trabalhar. Não o fará isoladamente, mas em conjunto com outros estudantes, contexto que também é motivante e potenciador do trabalho”, conclui Helena Alves.
A FCSH tem mais de uma centena de estudantes nestes dois ciclos, muitos deles trabalhadores estudantes, que não irão frequentar assiduamente as instalações. No entanto, segundo a docente, a Universidade está a fazer uma aposta, com o apoio do Banco Santander, para garantir bolsas aos alunos de 3.º ciclo, de acordo com o seu mérito, para que possam “dedicar-se exclusivamente” ao doutoramento. “Obviamente que esses alunos poderão trabalhar aqui” conclui.