Florian Deuter, de 50 anos, foi, desde o final da década de 1980, concertino da orquestra Música Antiqua de Colónia, uma das formações que liderou a segunda geração do chamado movimento de interpretação historicamente informada, fundada pelo maestro e musicólogo alemão Reinhard Goebel, em 1973.
“Com um talento e energia de execução inesgotáveis”, Deuter dirigiu alguns dos mais famosos agrupamentos de música antiga, designadamente o Gabrielli Consort, a Chapelle Royale e o Collegium Vocale Gent, a Amsterdam Baroque Orchestra, Les Musiciens du Louvre e Concerto Köln, segundo a mesma fonte.
Em 2003, fundou o agrupamento Harmonie Universelle.
Deuter vai apresentar um programa constituído por duas peças de Heinrich Ignaz Franz Biber, a Sonata I, “A anunciação”, em ré menor, das “Sonatas do Rosário” (1678), e a Sonata V em mi menor das “Sonatae Violino solo”, e ainda a Sonata IV, em Ré Maior, das “Sonatae Unarum Fidium” (1664), de Johann Heinrich Schmelzer.
Completam o programa, a Chaconne para violino e baixo contínuo, em Dó maior, de Antonio Bertali, a Sonata para violino e cravo ‘obbligato’, em dó menor (BWV 1017), de Johann Sebastian Bach, e a Sonata em Lá maior (1733), de Georg Philipp Telemann.
Segundo a organização, a “virtuosidade” da execução de Florian Deuter “pode caracterizar-se pela assertividade e precisão, sem os maneirismos de dinâmica e ritmo tão apreciados na atualidade, e recorda-nos a importância da pureza do som”.
Além do concerto de abertura do festival, o violinista alemão fará uma “masterclass” de violino barroco, no dia 16, com acesso gratuito