Videmonte celebra a cultura do pão e do centeio

No âmbito da candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura em 2027, a freguesia de Videmonte volta a promover, em parceria com o Município da Guarda e a ADIRAM, o Festival Pão Nosso, que irá decorrer nos dias 26, 27 e 28 de julho.

Este ano, além do pão, da rota dos fornos e das oficinas orientadas pelos habitantes da aldeia para aprender a fazê-lo, a aldeia do concelho da Guarda transforma-se numa verdadeira instalação artística. O artista plástico, Vítor Freitas, apoiado pela criativa Sílvia Amaral, por via de uma residência artística têm trabalhado em estreita ligação com os habitantes da aldeia. Desenvolvendo um conjunto de oficinas artísticas que aportam à comunidade competências a nível da expressão plástica, potenciando-os como criadores e criativos das suas próprias ideias. O resultado deste trabalho tomará forma em propostas de exposições e arte de rua a apresentar durante os dias do Festival.

Num mundo cada vez mais carregado de estímulos, muitos deles provenientes de experiências mais urbanas e cosmopolitas, poucos haverá que se tornem tão únicos e memoráveis como o espetáculo, “Ti Maria” cantadeira de Videmonte, que tem lugar no dia 27. Um espetáculo que envolve vários músicos portugueses (Catarina Moura, Omiri, Gilberto Costa, Miguel Calhaz, Miguel Cordeiro, Tiago Pereira, Rogério Pires, Marcos Cavaleiro, Quiné e César Prata) que, numa residência artística musical com os habitantes locais, apresentam novas narrativas sonoras para os temas populares da Aldeia, inspirados nos saberes e tradições da cultura do pão e do centeio.

Segundo a organização, “esta dimensão artística, em total imersão com a identidade e cultura da aldeia, que este ano se aporta de forma mais vincada a este festival é um elogio aos habitantes de Videmonte, que persistem e preservam os saberes ancestrais ligados à cultura do pão e do centeio e os transmitem de forma emocionante e apaixonada às novas gerações. Verdadeiros Guardiões da cultura rural serrana.”

O Festival Pão Nosso integra o ciclo de Festivais de Cultura Popular do Concelho da Guarda e é também uma iniciativa que reforça o posicionamento da candidatura Guarda Capital da Cultura, na utilização da cultura como um recurso económico dinâmico que importa mobilizar, quer no campo das indústrias culturais e criativas, quer na educação patrimonial, na economia local e no turismo.

O evento que consubstancia o Plano de Animação da Rede de Aldeias de Montanha, um plano que promove o conhecimento das Aldeias de Montanha, envolvendo as comunidades locais em processos criativos e comunitários, é cofinanciado pelo Centro 2020 no âmbito da Estratégia de Eficiência Coletiva PROVERE iNATURE- Turismo Sustentável em Áreas Classificadas.


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