Vereador do PS na Guarda defende eleições antecipadas com saída de Álvaro Amaro

O vereador socialista Eduardo Brito defendeu a realização de eleições antecipadas para a Câmara Municipal da Guarda por o social-democrata Álvaro Amaro concorrer nas listas do PSD às eleições europeias de maio.

Álvaro Amaro lidera a Câmara Municipal da Guarda desde 2013 e vai integrar em quinto lugar a lista do PSD para as eleições europeias, tendo anunciado que irá suspender o mandato em meados de abril.

Ontem, no período de antes da ordem do dia da reunião quinzenal do executivo, o vereador do PS Eduardo Brito defendeu que, com a saída do autarca social-democrata da liderança da autarquia, deveriam ser realizadas eleições antecipadas.

Para o socialista, um ano e meio após a realização das eleições autárquicas que reelegeram Álvaro Amaro, era necessário “voltar a devolver a palavra ao povo”.

“A forma de dar o exemplo, é devolver a palavra ao povo. Seria um exemplo notável e a Guarda ficaria no mapa”, afirmou o socialista, que desafiou o PSD local a tomar tal atitude.

O outro eleito do PS, Pedro Fonseca, disse que a saída de Álvaro Amaro da presidência do município da Guarda representa “uma perda significativa para a luta pelo Interior” do país.

“Eu vejo a sua integração na lista [do PSD] como uma perda para todos aqueles que estão empenhados nesta luta pelo Interior”, vincou o vereador da oposição.

Pedro Fonseca disse ainda esperar que o autarca, sendo candidato às eleições europeias, renunciasse ao mandato, em vez de optar pela sua suspensão.

Álvaro Amaro esclareceu durante a reunião camarária que suspenderá o mandato autárquico na reunião do executivo que terá lugar no dia 22 de abril, após a realização de uma sessão da Assembleia Municipal, que está agendada para o dia 15 de abril.

O autarca explicou que suspenderá o mandato após a apresentação da lista do PSD junto do Tribunal, momento que formaliza a sua candidatura, e logo que seja eleito deputado renunciará às funções de presidente da maior Câmara Municipal do distrito da Guarda.

“Eu sou eleito e não sou cabeça-de-lista. Eu suspendo o meu mandato quando for candidato. Eu renuncio ao meu mandato quando for eleito”, sublinhou.

Em relação ao entendimento do PS sobre a realização de eleições antecipadas e sobre a devolução da “palavra ao povo”, o social-democrata explicou que a autarquia continuará a ser liderada pela equipa que o acompanhou nas eleições autárquicas de 2017.

“Daqui por dois anos, o povo julgará”, rematou.


Conteúdo Recomendado