Segundo o vereador Sérgio Costa, do Serviço Municipal de Proteção Civil da Guarda, registam-se frentes de fogo ativas nas zonas de Toito, Ribeira dos Carinhos, Gagos, Monteiros, Panóias, Adão e Pêga.
O autarca referiu à agência Lusa que o cenário “está muito complicado”, mas não há registo de destruição de primeiras habitações.
Durante a noite e nas últimas horas “arderam palheiros e casas que estavam fechadas ou que não estavam ocupadas”, disse.
Adiantou que durante a noite também houve necessidade de retirar alguns moradores das localidades de Panóias e de João Antão, que foram colocados em casas de familiares.
O vereador Sérgio Costa disse ainda à Lusa que as chamas estão a destruir “culturas agrícolas” e “muita floresta” do concelho da Guarda.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.
Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 vítimas mortais e mais de 200 feridos.