Turismo do Centro diz que “Portugal está de luto”

A Turismo do Centro manifestou hoje “o mais sentido pesar pelas vítimas dos inclementes fogos que destruíram vidas humanas e animais e bens materiais na região”, salientando que o país está de luto.

“Portugal está novamente de luto. Menos de quatro meses depois da tragédia que se abateu sobre as gentes de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera e Penela, o pesadelo dos incêndios voltou ontem a atingir o coração do Centro de Portugal”, refere a Entidade dirigida por Pedro Machado.

A Turismo do Centro adiante que “está, desde o primeiro momento, em contacto direto com o Turismo de Portugal, IP, no sentido de se proceder ao devido acompanhamento da situação, procedendo-se, numa primeira fase, ao levantamento dos prejuízos materiais e imateriais resultantes”.

A Entidade lamenta que as chamas tenham atingido “com particular violência” os concelhos da Lousã, Vila Nova de Poiares, Penacova, Mortágua, Arganil, Sertã, Oliveira do Hospital, Tábua, Oleiros, Pampilhosa da Serra, Seia, Gouveia, Figueira da Foz, Mira, Aveiro, Vagos, Santa Comba Dão, Viseu, Tondela, Vouzela, Nelas, Carregal do Sal, Alcobaça, Marinha Grande, Caldas da Rainha, Lourinhã e Óbidos, só para citar as que se situam na região Centro de Portugal.

“Os nossos pensamentos estão, em primeiro lugar, com as famílias enlutadas ou que sofreram danos pessoais e materiais. Sabemos que todos os portugueses se juntam a nós nesta mensagem de solidariedade e de dor. Enviamos também um abraço solidário a todos os municípios afetados”, refere a Entidade, destacando ainda “os nossos bravos bombeiros e serviços de proteção civil, que, perante uma situação tão adversa, voltaram a mostrar a fibra de heróis que reconhecidamente são”.

A Turismo do Centro diz que “o esforço de reconstrução começa hoje e sabe-se que vai exigir o empenho sobre-humano de todos”.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 vítimas mortais e mais de 200 feridos.


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