A taxa de desemprego registou uma das maiores descidas dos anos, tendo recuado para 11,9% da população ativa no segundo trimestre, informa o Instituto Nacional de Estatística (INE). O emprego aumentou 1,5% face a igual trimestre de 2014.
“A taxa de desemprego no 2º trimestre de 2015 foi de 11,9%. Este valor é inferior em 1,8 pontos percentuais (p.p.) ao do trimestre anterior e em 2,0 p.p. ao do trimestre homólogo de 2014”, refere o instituto.
Assim, estão sem trabalho cerca de 620,4 mil pessoas em Portugal, número que vale “uma diminuição trimestral de 13%” e “a uma diminuição homóloga de 14,9% (menos 92,5 mil e menos 108,5 mil pessoas, respetivamente)”.
Segundo o INE, a população empregada foi estimada em 4,6 milhões de pessoas, “o que corresponde a um acréscimo trimestral de 2,3% (mais 103,7 mil pessoas) e a um acréscimo homólogo de 1,5% (mais 66,2 mil pessoas)”.
Este aumento trimestral do emprego é o maior dos últimos quatro anos, pelo menos, mostram os dados oficiais. Em termos homólogos está a subir de forma consecuiva desde o final de 2013.
Além disso, “a taxa de atividade da população em idade ativa situou-se em 58,6%, valor superior em 0,1 p.p. ao observado no trimestre anterior e inferior em 0,4 p.p. ao do trimestre homólogo.”
Retrato do emprego
O INE faz o seguinte retrato da população empregada no segundo trimestre:
“Por sexo: 51% de homens e 49% de mulheres;
Por grupo etário: 5,4% de jovens (15 a 24 anos), 20,8% dos 25 aos 34 anos, 28,4% dos 35 aos 44 anos, 40,1% dos 45 aos 64 anos e 5,4% com 65 e mais anos;
Por nível de escolaridade: 50,6% de pessoas que completaram, no máximo, o 3º ciclo do ensino básico, 24,8% o ensino secundário e pós-secundário e 24,6% o ensino superior;
Por setor de atividade: 8% de pessoas empregadas no setor da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, 24,2% no setor da indústria, construção, energia e água e 67,8% nos serviços;
Por situação na profissão: 81,3% de pessoas empregadas por conta de outrem (destas, 77,8% com contrato de trabalho sem termo),18,2% por conta própria e 0,5% trabalhadores familiares não remunerados;
Por regime de duração do trabalho: 87,5% de pessoas empregadas a tempo completo e 12,5% a tempo parcial.”