Este domingo foi um dia trágico no IP2. Um autocarro, que transportava 48 estudantes (além do motorista), com idades entre os 18 e os 23 anos, despistou-se entre o nó de Arez e Fratel, em Nisa, provocando a morte a um jovem.
João Fiadeiro, de 18 anos, é o rosto da tragédia. Sabe-se que tinha 18 anos e uma irmã gémea – que também seguia no autocarro -, ambos naturais de Tortosendo. Estudavam na Escola Secundária Frei Heitor Pinto, na Covilhã.
Além da vítima mortal, registaram-se quatro feridos inicialmente considerados graves e 29 feridos ligeiros. Seis dos 13 feridos que deram entrada no hospital de Abrantes já tiveram, entretanto, alta.
Além dos hospitalizados em Abrantes, 16 feridos, entre eles o motorista do autocarro, foram transferidos para o hospital Portalegre e os quatro feridos graves encaminhados para o hospital de Castelo Branco. Quanto a estes últimos, a sua situação clínica foi revista e sabe-se agora que não correm perigo de vida, encontrando-se estáveis.
Os restantes 15 ocupantes do autocarro foram transportados para Nisa, para serem acolhidos pelo Serviço Municipal de Proteção Civil.
Uma estrada “sempre perigosa”
Os alunos, provenientes da Covilhã e Belmonte, regressavam a casa vindos de Espanha, para onde tinham ido em viagem de finalistas, como de resto tantos outros estudantes do país o fizeram nesta altura do ano, quando a tragédia aconteceu.
Segundo o comandante distrital de operações e socorro de Portalegre, o acidente aconteceu numa estrada “sempre perigosa e numa zona já com muita sinistralidade”.
“Com condições adversas, com muita chuva”, o autocarro despistou-se pelas 17h56 e fez um capotamento lateral, descreveu Rui Conchinha, adiantando, contudo, que só as equipas de peritos da Brigada de Trânsito se poderão pronunciar sobre as causas do acidente.
Na sequência do despiste, o autocarro capotou e obrigou ao corte total do IP2, tendo as operações de remoção do veículo decorrido ao longo da noite. A estrada foi reaberta ao trânsito apenas depois das 23 horas.
Reagindo ao acidente, o Presidente da República manifestou estar “desolado” e a Câmara da Covilhã emitiu um voto de pesar pela vítima mortal, garantindo “todo o apoio possível aos familiares e aos alunos”.
Os diretores da agência Xtravel, responsável pela organização daquela viagem dos finalistas, dirigiram-se ao local do acidente assim que tiveram conhecimento da tragédia. No autocarro, seguia um guia da própria empresa.
