PS da Guarda descontente com candidatura autárquica ao programa de apoio ao arrendamento

A Câmara Municipal da Guarda candidatou-se ao referido programa com um projeto que prevê unicamente 11 fogos, no valor de cerca de 485 mil euros.

A concelhia do PS da Guarda lamentou hoje, dia 13 de fevereiro, que a Câmara Municipal tenha candidatado apenas 11 fogos ao programa de apoio ao arrendamento de habitação a custos acessíveis e disse-se disponível para ajudar a “emendar” a situação.


Segundo o presidente da concelhia do PS da Guarda, António Monteirinho, a autarquia presidida pelo independente Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda) apresentou uma candidatura junto da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) e do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) ao programa de arrendamento de habitação a custos acessíveis, “com um projeto que prevê um número insignificante de fogos”.


A Câmara Municipal da Guarda candidatou-se ao referido programa “com um projeto que prevê unicamente 11 fogos, no valor de cerca de 485 mil euros, o segundo valor mais baixo entre todos os que foram propostos pelos 15 municípios da Comunidade Intermunicipal”, apontou.


António Monteirinho referiu hoje, em conferência de imprensa, na qual estava acompanhado pelo líder do PS na Assembleia Municipal, Miguel Borges, que o partido considera a situação “muito séria e muito grave”, pois a autarquia da cidade mais alta do país “candidatou apenas 11 fogos, o que é exíguo para o problema da habitação” no concelho.


“Houve da parte da autarquia um descuido, um desleixo”, disse o responsável, quando comparou a candidatura da Guarda com outros concelhos do território da CIM-BSE que apresentaram candidaturas ao mesmo programa.


Referiu, por exemplo, que o município do Fundão candidatou 269 fogos (cerca de 30,5 milhões de euros), o de Seia 76 fogos (9,6 milhões de euros) e o de Manteigas 37 fogos (3,5 milhões de euros).


Monteirinho anunciou que o vereador socialista na autarquia da Guarda, Luís Couto, irá hoje colocar nove questões por escrito ao presidente do município, no período de antes da ordem do dia da reunião quinzenal do executivo.


O PS quer saber, entre outras situações, “quais as razões que justificam uma candidatura com um número tão baixo de fogos” e se o líder do executivo “pensa encontrar uma forma de corrigir a candidatura, aumentando o número de fogos, quer na freguesia urbana, quer nas freguesias rurais”.


Para a candidatura apresentada pelo município da Guarda, o líder da concelhia socialista só encontra uma razão: “Talvez a autarquia não tivesse compreendido para que é que servia o programa”.


Na sua opinião, a Câmara “deve reconhecer e corrigir o erro” e “apresentar soluções para o problema”, sendo que o PS está disponível para ajudar a autarquia a “emendar esta situação” junto do Governo.


António Monteirinho considerou, ainda, que o programa podia permitir resolver o problema da reabilitação de habitações em “todo o centro histórico da Guarda”.


“Este programa, promovido pelo IHRU junto da CIM-BSE e dos concelhos que a integram, ataca o gravíssimo problema da habitação de uma forma que não tem custos para os municípios, pois estes funcionam, no essencial, como executivos numa gestão que é da responsabilidade do IHRU, ou seja, as Câmaras identificam as necessidades, propõem, executam e põem casas à disposição dos munícipes para arrendamento a preço acessível”, explicou.


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