Os dirigentes dos politécnicos elegem hoje o próximo presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), depois de um mandato marcado por cortes financeiros e pela criação de cursos de curta duração.
Joaquim Mourato volta a estar disponível para liderar o CCISP, organismo a que presidiu nos últimos dois anos, período durante o qual o Ministério da Educação e Ciência (MEC) voltou a reduzir os orçamentos dos politécnicos, mas também avançou com os Cursos Técnicos Superiores Profissionais.
Estes novos cursos existem há cerca de um ano, mas o CCISP tem-se queixado da falta de meios humanos e financeiros para os pôr a funcionar normalmente. Durante uma audição na Assembleia da República realizada no mês passado, Joaquim Mourato disse que faltavam 20 milhões de euros.
Cabe ao CCISP pronunciar-se precisamente sobre todas as matérias relacionadas com o sistema de ensino superior politécnico público, tanto no plano legislativo como no orçamental.
Joaquim Mourato irá concorrer ao CCISP juntamente com os restantes presidentes dos politécnicos — já que todos são elegíveis, a não ser que manifestem a sua indisponibilidade durante a reunião que acontece hoje de manhã, no Instituto Politécnicos da Guarda.
Ainda no mês passado, o CCISP defendeu no parlamento a alteração do modelo de financiamento das instituições, de forma a incluir a ação social e os investimentos necessários para as obras de manutenção e conservação dos edifícios e equipamentos.
O CCISP é o órgão de co-representação dos 15 institutos politécnicos públicos e das cinco escolas politécnicas públicas não integradas, estando também representadas neste órgão as Universidades dos Açores, Algarve, Aveiro e Évora.