Politécnicos planeiam abertura faseada de atividades presenciais

O regresso vai ser gradual, “envolvendo, nomeadamente, atividades letivas, de investigação e de serviços I&D [investigação e desenvolvimento]”, assim como “provas de avaliação que, de outra forma, não são exequíveis.

Os institutos politécnicos estão a preparar-se para um regresso faseado às atividades letivas e de investigação presenciais, na sequência do eventual levantamento das restrições implementadas para conter a pandemia, anunciou o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).


De acordo com um comunicado divulgado, o CCISP está a “delinear um plano de regresso às atividades presenciais” e que vai ser gradual, “envolvendo, nomeadamente, atividades letivas, de investigação e de serviços I&D [investigação e desenvolvimento]”, assim como “provas de avaliação que, de outra forma, não são exequíveis”.

A decisão surge na sequência de uma reunião com o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, que decorreu na quarta-feira.


Segundo o presidente do CCISP, Pedro Dominguinhos, citado na nota, o regresso às atividades presenciais será feito apenas quando estiver “garantido o superior interesse de saúde e segurança dos estudantes, docentes, investigadores e corpo técnico das instituições”.

“O regresso às atividades presenciais privilegia as atividades dos finalistas, prático-laboratoriais e as avaliações que sejam indispensáveis para conclusão dos cursos ou unidades curriculares. Contudo, o ensino a distância continuará a ser a norma até ao final do semestre letivo, em todas as restantes atividades, incluindo avaliações em que seja possível a sua concretização”, prossegue a nota.

O comunicado acrescenta que terá de existir “equidade nas soluções encontradas” para toda a comunidade académica, “seja nas condições de acesso ao ensino à distância ou motivado pela origem geográfica” dos estudantes.

Para a reabertura dos politécnicos também terá de estar assegurado o distanciamento social, a higienização das instalações e a disponibilização de equipamentos de proteção individual para “todos os atores da comunidade académica”.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 186 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 708 mil doentes foram considerados curados.

Portugal contabiliza 820 mortos associados à covid-19 em 22.353 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 35 mortos (+4,5%) e mais 371 casos de infeção (+1,7%).

Das pessoas infetadas, 1.095 estão hospitalizadas, das quais 204 em unidades de cuidados intensivos, e o número de doentes curados aumentou de 1.143 para 1.201.

Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma “abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais”.


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