O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai criar uma Incubadora de Iniciativa Tecnológica que terá “polos ou incubadoras próprias” nos concelhos de Fornos de Algodres, Guarda, Mêda, Sabugal e Seia, através de parcerias com as respetivas autarquias.
“A incubadora será desnuclearizada e estará particularmente vocacionada para acolher ‘startups’ cuja atividade incida sobre as áreas de Automação, Logística, Ação Social e Mundo Digital”, anunciou hoje o IPG.
Segundo a fonte, a intenção é alargar o projeto “a mais concelhos que pretendam cooperar” com a instituição de ensino superior da cidade mais alta do país.
“Decidimos criar uma incubadora desnuclearizada de forma a dar oportunidade aos empreendedores dos diferentes concelhos de usufruírem dos benefícios associados à incubadora. É uma forma de apoiarmos, em estreita articulação com as necessidades dos mesmos, a inovação e a iniciativa empresarial nos vários pontos do distrito da Guarda”, afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG, citado na nota.
O responsável adianta que a instituição a que preside “irá mobilizar as suas valências para potenciar a incubadora, nomeadamente através da partilha de conhecimento dos centros de investigação com o tecido empresarial”.
A incubadora encontra-se associada ao Ecossistema Tecnocientífico Avançado que está a ser desenvolvido pelo IPG, o qual também inclui um Centro de Competências em Blockchain para reforçar o apoio à modernização da atividade de instituições públicas e privadas, e um programa “Hi-Tech Roamers”, para atrair e acolher nómadas digitais que exerçam a sua atividade na área das tecnologias digitais.
“Estamos a fazer uma grande aposta na área da Tecnologia de Informação porque é uma vantagem competitiva a curto e a longo prazo, mas também porque queremos que os nómadas digitais escolham a região da Guarda para trabalhar remotamente”, afirma o IPG.
O Politécnico da Guarda também vai disponibilizar um espaço em sistema de ‘cowork’, equipado e com acesso à internet, para os interessados “trabalharem e desenvolverem os seus projetos”.
O IPG lembra que celebrou recentemente um protocolo de cooperação com o município de Mêda, para permitir a “descentralização do ensino superior para aquele território”, no âmbito da incubadora “Mêda Investe”, que está incluída no Plano de Desenvolvimento Estratégico do Concelho.
“A descentralização passará também pela afetação de docentes e de investigadores do IPG aos projetos que forem lançados, nomeadamente os que se relacionarem com o apoio à instalação e ao funcionamento de novas empresas”, lê-se.
O protocolo prevê “a realização de formações, o apoio a novas empresas através da transferência de competências, no domínio da gestão e da estratégia empresarial, e o apoio na criação das empresas que integrem o projeto ‘Mêda Investe’, através da partilha de ‘know-how’ técnico e científico”, conclui.