Plano de intervenção prevê abate de 36 árvores no Parque da Saúde da Guarda

O plano foi elaborado com a intervenção de técnicos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda anunciou hoje que vai abater 36 árvores no Parque da Saúde, no âmbito de um plano de intervenção que vai ser executado em breve por questões de segurança.
“Foram marcadas 34 árvores que vão ser sujeitas a poda específica e haverá um corte de 36 árvores que se justifica tecnicamente. Essas árvores têm que ser cortadas porque corre-se o risco de queda”, anunciou hoje o presidente do Conselho de Administração da ULS da Guarda, Carlos Rodrigues.
Segundo o responsável, o plano de intervenção em árvores do Parque da Saúde foi elaborado com a intervenção de técnicos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) por aquela área se encontrar classificada como arvoredo de interesse público desde 2000.
Rui Melo, do ICNF, adiantou hoje na conferência de imprensa onde o plano foi apresentado, que naquele local existem três manchas de arvoredo classificado: uma de sequoias, outra de castanheiros-da-índia e outra de pseudotsugas.
Explicou que a intervenção carece de parecer do ICNF e que os técnicos daquele organismo identificaram 36 árvores para abate, que estavam secas ou em risco de queda e apresentavam doenças que podem ser transmitidas a outras.
Os exemplares que vão ser abatidos nem todos “estão dentro das manchas de arvoredo classificado”, apontou.
O corte inclui uma sequoia, alguns castanheiros e algumas pseudotsugas, disse Rui Melo, admitindo que “a maior parte até serão castanheiros que têm sofrido com várias doenças que são incuráveis”.
“Hoje temos um Parque [da Saúde] que, na generalidade, está sanitariamente saudável, mas estas árvores podem expandir algumas doenças, por isso recomendámos que [a intervenção] fosse urgente e a concretizar no mais curto espaço de tempo”, rematou o responsável do ICNF.
O presidente da ULS da Guarda desconhece, de momento, o custo da intervenção que é para realizar em breve, ainda antes do inverno.
“Na segunda-feira vamos receber os orçamentos das empresas especializadas consultadas, depois é escolhida a empresa e logo a seguir combinaremos de imediato a intervenção”, prometeu Carlos Rodrigues.
O responsável admite que a intervenção que vai ser efetuada é “para bem das pessoas”, para evitar que ocorram incidentes com quedas de árvores, por isso, acredita que não haverá qualquer oposição ao plano por parte da população, como aconteceu em relação à intervenção projetada pela Câmara da Guarda para o Parque Municipal da cidade.
No Parque da Saúde da Guarda estão localizados, entre outros serviços, o Hospital Sousa Martins, a sede da ULS, a Escola Superior de Saúde e a Rádio Altitude (a mais antiga emissora local do país).

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