Plano da Serra da Estrela visa sistema "credível” para garantir segurança

O plano visa articular a capacidade de resposta operacional em casos de emergência ou de proteção e socorro.

O presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) afirmou hoje que o Plano Nacional Operacional para a Serra da Estrela visa criar um sistema “capaz e credível” para assegurar a segurança dos que visitam a montanha.

“A nossa função aqui é termos um sistema capaz e credível para a, qualquer momento, salvaguardar a segurança daqueles que utilizam o espaço da Serra da Estrela, quer durante o dia, quer durante a noite”, afirmou Duarte da Costa.

O responsável falava aos jornalistas após a apresentação do Plano de Operações Nacional da Serra da Estrela, ontem no ponto mais alto da montanha, que é ativado todos os anos com a chegada do inverno, altura em que as condições atmosféricas se agravam e os perigos aumentam.

O plano visa articular a capacidade de resposta operacional em casos de emergência ou de proteção e socorro, garantindo uma unidade de comando, controlo e comunicação de todos os meios que possam estar empenhados.

Integram este dispositivo os Corpos de Bombeiros dos distritos de Castelo Branco (Covilhã) e Guarda (Loriga, São Romão, Gouveia, Seia e Manteigas), o Grupo de Resgate em Montanha da Força Especial de Proteção Civil (FEPC) da ANEPC, a Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR e outras forças e meios qualificados para a execução de missões de proteção e socorro.

No total estão afetos a este plano cerca de 70 operacionais, de modo a que na Serra da Estrela possam estar em permanência uma ou mais equipas de resposta que integram bombeiros, elementos da proteção civil e GNR, tal como explicou Duarte da Costa.

Segundo especificou, o número de elementos pode aumentar face ao agravamento das condições climatéricas ou a casos de necessidade e em ações de proteção e socorro.

O responsável máximo da ANEPC frisou ainda o facto de este plano permitir uma resposta coordenada e articulada, isto num território com condições muito específicas e que abrange vários municípios de diferentes distritos e inúmeras entidades.

O trabalho e colaboração das autarquias foi outro dos aspetos destacados por Duarte da Costa: “Mal estaríamos nós, todos nós que fazemos parte do sistema, se não tivéssemos aqui sobre a Serra da Estrela uma atenção muito especial na intervenção da resposta de emergência e em medidas de proteção civil que podem ocorrer a qualquer pessoa que venha visitar a Serra da Estrela”, afirmou.

Presente na sessão, o comandante operacional distrital da Guarda, António Fonseca, destacou a singularidade do território e da resposta de emergência que é exigida, lembrando que esta vai para além do período de inverno.

“Em 2020, 50% das ações de busca e resgate decorreram em agosto”, disse, especificando depois que estão em causa 10 ações, sendo que oito delas decorreram nos meses de verão, o que mostra que o paradigma da Serra da Estrela tem vindo a mudar.

O presidente da Câmara de Seia, Filipe Camelo, também saudou a parceria entre todas as entidades para ir ao encontro da segurança de pessoas e bens e garantiu que todas as autarquias que integram o território da Serra da Estrela (Seia, Gouveia, Manteigas e Covilhã) estão empenhadas em contribuir.


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