Pedro Dias vai negar morte de casal a tiro

Pedro Dias pretende esclarecer que só atirou sobre os militares para se defender de uma alegada ofensiva da patrulha que o surpreendeu.

Quase três meses e meio após o arranque do julgamento no Tribunal da Guarda, o suspeito dos crimes de Aguiar da Beira, vai contar, esta quinta-feira, a sua versão dos acontecimentos e alegar autodefesa para justificar os disparos que vitimaram um militar da GNR e feriram outro. Quanto ao casal de Trancoso de cuja morte também está acusado, Pedro Dias vai negar qualquer envolvimento.

De acordo com a estratégia da defesa, que sempre insinuou uma postura duvidosa da GNR, Pedro Dias pretende esclarecer que só atirou sobre os militares para se defender de uma alegada ofensiva da patrulha que o surpreendeu de madrugada, junto ao hotel inacabado das termas da Cavaca. Aguarda-se, no entanto, que possa explicar o que fazia por volta das três da manhã naquele local, se conhecia os militares em causa e o que terá motivado em concreto Pedro Dias a atirar a matar sobre agentes da autoridade.

Por outro lado, soube o JN, o arguido irá contrariar a acusação do Ministério Público e negará qualquer responsabilidade na morte de Luís e Liliane Pinto, o casal de Trancoso morto a tiro num carjacking na nacional 229, quando seguia a caminho de uma consulta de fertilidade em Coimbra. Será, aliás, uma tese coerente com o depoimento da irmã do arguido, que depôs em tribunal dizendo que “Piloto” chorou a morte de Liliane, porquanto perdia uma testemunha que o poderia ilibar da acusação de homicídio sobre o casal.


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