Padre suspeito de tráfico de pessoas e abuso sexual em Foz Côa fica em liberdade

A vítima, um homem de 44 anos, vai ser instalada num centro de acolhimento e proteção especializado para vítimas de tráfico de seres humanos.

O padre de 63 anos detido na passada quinta-feira pela alegada prática de tráfico de pessoas e abuso sexual, em Vila Nova de Foz Coa, está desde sexta-feira, 28 de outubro, em liberdade e sujeito a apresentações quinzenais às autoridades.


Segundo fonte judicial, o Juiz de Instrução Criminal do Tribunal de Matosinhos, onde foi ouvido na sexta-feira, decretou ainda, como medida de coação, a proibição de contacto com a vítima.


A Polícia Judiciária (PJ) deteve quinta-feira, 27 de outubro, um padre de 63 anos pela alegada prática de crimes de tráfico de pessoas e de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência, em Vila Nova de Foz Côa.


Em comunicado, a PJ adiantou que o suspeito foi detido, através da Diretoria do Norte, no âmbito de uma investigação em curso e em cumprimento de mandados emitidos pelo Ministério Público – Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Maia.


“Trata-se do padre António Pinto, de Numão, em Vila Nova de Foz Côa”, no distrito da Guarda, disse fonte policial à agência Lusa.


Por decisão judicial de 2017, o arguido foi nomeado tutor da vítima, tendo-a acolhido na sua residência, oferecendo-lhe trabalho, em troca de alojamento e alimentação, sem qualquer outro pagamento, referiu a PJ.


A PJ acrescentou que, “aproveitando-se das incapacidades psíquicas e da especial vulnerabilidade da vítima, o arguido veio depois a exigir-lhe serviços sexuais, fechando-o em casa e vedando-lhe qualquer contacto com o exterior quando recusava aceder aos seus propósitos”.

A vítima, um homem de 44 anos, vai ser instalada num centro de acolhimento e proteção especializado para vítimas de tráfico de seres humanos, adiantou.


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