Oito projetos na região Centro totalizam investimento de 4,5 milhões de euros

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O governante defendeu ainda que os projetos “podem ter estratégia e recursos financeiros, mas verdadeiramente só são possíveis de concretizar se forem trabalhados em conjunto”.

O presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, anunciou hoje que vão arrancar oito projetos nas regiões afetadas pelos incêndios de 2022, num total de 4,5 milhões de euros (ME), financiados em 3,8 ME.

“Houve uma adesão grande aos instrumentos que foram abertos e hoje estamos em condições de celebrar e formalizar oito contratos no valor de 4,5 ME e com um incentivo de 3,8 ME”, destacou Carlos Abade.

Na cerimónia que decorreu em Manteigas, distrito da Guarda, o presidente do Turismo de Portugal referiu que estes oito projetos aprovados “são de regiões afetadas pelos incêndios em 2022”, com especial foco na serra da Estrela.

“Os projetos são muito consistentes, são projetos muito estruturantes e muito densificados. Foi para nós um gozo olhar para os projetos e poder trabalhar com cada um dos promotores”, elogiou.

Carlos Abade sublinhou ainda que cada um dos promotores tinha “ambição e vontade em fazer algo de diferente” e também assumiu a responsabilidade de 10% do financiamento do projeto, uma vez que o Turismo de Portugal financia em 90%.

Este responsável falou de cada um dos oito projetos aprovados e destacou os aspetos “diferenciadores e autênticos” de cada um deles, assim como do recurso dos produtos endógenos de cada um dos municípios em que o projeto se concretiza.

Elogios que o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, também fez, realçando que “são projetos que vão ajudar a transformar, qualificar e a promover” a região e o turismo assim como “a sua sustentabilidade”.

“Cumprem três propósitos essências no Turismo. O turismo em todo o território, sim, e valorizam o nosso interior, visam qualificar os nossos territórios e é um turismo para todo o ano, não se esgotam numa determinada época”, destacou.

Nuno Fazenda acrescentou o terceiro propósito com a “sustentabilidade e autenticidade, porque todos eles estão ligados aos recursos do território, à natureza ou à história e por isso mesmo são projetos inspiradores”.

O governante defendeu ainda que os projetos “podem ter estratégia e recursos financeiros, mas verdadeiramente só são possíveis de concretizar se forem trabalhados em conjunto”.

“Estes demonstram de forma muito evidente que trabalham em rede e a grande matriz destes projetos é que trabalham em rede, seja em parceria com municípios, seja com a universidade ou associações e comunidades”, sublinhou.

O presidente da Câmara Municipal de Manteigas, Flávio Massano, anfitrião da cerimónia, destacou o turismo no seu concelho como “um dos setores, se não o mais importante, mais impactante” da economia local.

“Manteigas cresceu 48% entre 2011 e 2022 em termos de volume de negócios, a maior taxa de crescimento das Beiras e Serra da Estrela. Temos no município seis hotéis, o segundo município com mais hotéis de toda a [comunidade intermunicipal] Beiras e Serra da Estrela”, apontou.

Flávio Massano acrescentou que Manteigas “tem capacidade de alojamento para 216 pessoas por mil habitantes, o primeiro das [CIM] Beiras e Serra da Estrela, e contabiliza 1.735 dormidas por cada 100 habitantes”.

Neste sentido, contabilizou que Manteigas “tem 5,7 vezes mais do que a média sub-regional e 8,7 vezes acima da média da região Centro” e, dos turistas que ficam no concelho, “apenas 13,9% são internacionais”.


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