O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, afirmou hoje que a ambição em relação ao aumento da rede ferroviária é superior à disponibilidade financeira, referindo-se à extensão da Linha do Douro até à fronteira com Espanha.
“A nossa ambição em relação à extensão da rede ferroviária é superior à disponibilidade financeira e, por isso, à medida que o país for tendo disponibilidade financeira, nós vamos poder avançar”, admitiu aos jornalistas o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, à margem da cerimónia de assinatura de acordos de colaboração entre as Câmaras Municipais de Gondomar e Baião e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), em Baião.
“Neste momento, o que está previsto e para o qual há financiamento é até ao Pocinho”, acrescentou Pedro Nuno Santos, quando questionado sobre a extensão da linha ferroviária do Douro até à fronteira com Espanha, através da ligação a Barca d’Alva, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo.
No entanto, o governante afirmou que “deve ser uma ambição nacional” que a linha se prolongue até Barca d’Alva, para que se possa “beneficiar, potenciar e explorar o rio Douro através da ferrovia”, que considerou ser uma “experiência única” e “muito importante para toda a região”.
Em maio foi formalizado o grupo de trabalho que vai estudar e definir o modelo de reabertura do troço da Linha do Douro, entre o Pocinho e Barca d’Alva, devendo apresentar as conclusões em 14 meses.
Este grupo vai estudar e delinear o modelo de reabertura do troço ferroviário de 28 quilómetros que foi encerrado em 1988, é coordenado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), e junta ainda dois autarcas, em representação da Comunidade Intermunicipal do Douro e elementos da Infraestruturas de Portugal (IP).