O Município de Gouveia assinala o Dia Mundial do Ambiente, através da apresentação de dois projetos, o Orçamento Participativo de Portugal “Floresta Viva – Reabilitação dos Viveiros Florestais de Seia e Gouveia e o Projeto de Intervenção de Valorização, Animação e Divulgação da Rede Ambiental. A cerimónia irá contar com a presença de Fátima Araújo Reis, Diretora Regional do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas do Centro.
O programa teve início pelas 9h30, nos Viveiros de Folgosinho, com a apresentação do Projeto OPP 2018 – Orçamento Participativo de Portugal “Floresta Viva – Reabilitação dos Viveiros Florestais de Seia e Gouveia”que prevê a reabilitação dos viveiros florestais de Folgosinho, em Gouveia e da Portela de Arão, em Seia. Este projeto tem como objetivo aproveitar o potencial dos viveiros para a experimentação e divulgação de práticas silvícolas sustentáveis, através da plantação de sementes de diversas espécies de árvores, cujo destino será a sua posterior plantação nas áreas ardidas nos incêndios ocorridos em 2017, contribuindo para uma floresta sustentável, com valor económico, resistente e adaptada às alterações climáticas.Em outubro de 2018 foram conhecidos os projetos vencedores do Orçamento Participativo de Portugal (OPP), um processo através do qual as pessoas apresentam propostas de investimento e que escolhem, através do voto, quais os projetos que devem ser implementados em diferentes áreas de governação.
O projeto “Floresta Viva – Reabilitação dos Viveiro Florestais de Seia e Gouveia” foi vencedor, com 3.300 votos (o 2º mais votado na Região Centro) e com um orçamento de 100.000,00€.
A implementação do projeto será feita pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, em parceria com os respetivos Municípios.
Seguidamente, pelas 10h00, irá ser apresentado o Projeto de Intervenção de Valorização, Animação e Divulgação da Rede Ambiental, o mesmo divide-se em duas fases, a Fase I com a requalificação e valorização do CEAF – Centro de Educação Ambiental de Folgosinho nos Viveiros de Folgosinho e a Fase II com a requalificação da Casa Abrigo da Rota do Rio Mondego.
Este projeto visa a requalificação e dinamização abrangente do CEAF através de um conjunto de ações e atividades de promoção. Outro espaço a ser requalificado é a Casa Abrigo da Rota do Rio Mondego, um edifício e um anexo que integram um conjunto modelado de casas para guardas florestais e respetivas famílias, dispersas pela Serra da Estrela, destinadas a vigilância e guarda, cuja construção remonta às décadas de 1950/60.
O objetivo desta intervenção é a adaptação com reconstrução desta antiga Casa do Guarda Florestal do Sumo do Mondego, também apelidada de “Casa dos Astrónomos” e agora designada por “Casa de Abrigo da Rota do Rio Mondego”, para um centro de atividades de dinamização ambiental, preservação e conservação considerando a forte vocação de sensibilização e educação ambiental em torno do Rio Mondego, sua flora e fauna.
A intervenção física nestes espaços não se pretende profunda ou intrusiva, resume-se, basicamente, à recuperação da estrutura pré-existente com substituições e beneficiação complementar.
Pretende-se que estes edifícios requalificados se transformem em espaços ativos e que possam contribuir como ponto de apoio de percursos pela serra, pedestres e de bicicleta, disponibilizando área de descanso com pontos de água potável, espaço de manutenção de equipamento, com instalações sanitárias e conforto adequado a esta utilização pontual e temporária.
Pretendem-se também implementar atividades de educação ambiental para grupos organizados, nomeadamente escolas, percursos e saídas de campo temáticas de interpretação da Natureza, apoio a projetos de investigação e organização de eventos, criando sinergias com a comunidade local, integrando, sempre que possível, aspetos culturais e tradições.
De salientar que estes espaços se encontram dentro do Parque Natural da Serra da Estrela, em área sob a jurisdição do ICNF, em zona classificada, de acordo com o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Serra da Estrela.
O programa comemorativo do Dia Mundial do Ambiente irá finalizar com a assinatura do contrato de Obra do Projeto de Intervenção de Valorização, Animação e Divulgação do Parque Ecológico de Gouveia.
O Parque Ecológico de Gouveia encontra-se neste momento encerrado ao público devido ao início das obras de requalificação. A remodelação visa melhorar o espaço através da sua modernização e ordenamento do espaço assim como proporcionar maior qualidade de vida aos animais ali residentes.
As obras irão contemplar um novo edifício, que irá acolher a receção, uma loja, um espaço de bar, wc e um auditório, constituindo este, o ponto de partida para os visitantes descobrirem os novos circuitos e os novos espaços para os animais.
Recorde a reportagem do Beira.pt, realizada no Parque Ecológico de Gouveia, em agosto de 2020: