Ministra da Coesão espera apresentar plano de redução de portagens “até ao verão”

A ministra da Coesão Territorial esteve na Guarda na cerimónia de assinatura do contrato de parceria entre os municípios para elaboração do Plano de Avaliação dos Recursos Hídricos do Parque Natural da Serra da Estrela.

A ministra da Coesão Territorial disse, na sexta-feira, que o Governo inscreveu no Orçamento do Estado para 2023 a continuação da redução das portagens no interior e na autoestrada A22, e que espera apresentar o plano “até ao verão”.

“Nós [Governo] inscrevemos no Orçamento do Estado (OE) para 2023 a garantia de que iríamos apresentar, trabalhar, num programa de continuação da redução das portagens para o interior. Foi constituído um grupo de trabalho que é liderado pelo Ministério da Coesão Territorial”, disse Ana Abrunhosa.

A ministra da Coesão Territorial falava aos jornalistas, na Guarda, à margem da cerimónia de assinatura do contrato de parceria entre os municípios de Guarda, Covilhã, Seia, Gouveia, Celorico da Beira e Manteigas, para elaboração do Plano de Avaliação dos Recursos Hídricos do Parque Natural da Serra da Estrela.

“Nós já temos uma proposta que está bastante amadurecida, de redução das portagens para o interior e para a A22. É isso que está escrito no programa do Governo e é isso que consta, também, no OE de 2023. Eu espero, até ao verão, fazer a apresentação desse plano de redução das portagens”, afirmou Ana Abrunhosa.

Questionada pelos jornalistas sobre se podia revelar o teor do plano, respondeu que “não”, porque isso significaria que estaria a desrespeitar os colegas do Governo e todos aqueles que estão a contribuir para o documento.

A governante reafirmou que o ideal “era extinguir as portagens”, como já disse publicamente algumas vezes, mas como isso teria um custo muito grande e incomportável, “a solução é a redução gradual”.

“Para que ela [redução] continue a ser feita, nós temos de fazer com sustentabilidade. E, por isso, temos de fazer sempre o equilíbrio entre aquilo que queremos para o território e aquilo que é possível fazer em termos de contas públicas”, justificou.

E prosseguiu: “Porque se tenho o ministro da Finanças que me diz: ‘Ana, eu consigo ir até esta área, até esta redução’, eu tenho que acreditar que ele está a fazer isto também para bem do território”.

“Portanto, volto a dizer. O objetivo não são contas certas. As contas certas são o meio que temos para continuar a olhar e a trabalhar por estes territórios”, vincou.

E na resposta à pergunta da agência Lusa sobre se a decisão final será favorável às aspirações das populações e dos empresários, declarou: “A ministra da Coesão só pode esperar isso e, tirará, obviamente, consequências disso”.

“Porque eu também só tenho uma cara. E a cara que tenho foi: a ministra da Coesão prometeu na campanha que iríamos reduzir as portagens do interior; no programa do Governo consta a redução das portagens do interior; no OE para 2023 consta uma norma programática que diz que vamos apresentar até meados do ano um programa de redução das portagens”, declarou Ana Abrunhosa.

E concluiu: “Se não o fizermos, eu terei de tirar as consequências disso, que é o que qualquer governante deve fazer quando faz uma promessa que é tão importante. Não é para a Guarda, não é para a Covilhã, não é para Castelo Branco, é para todo o território do interior e para a A22”.


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