A Junta de Freguesia da Guarda vai avançar em 2024 com a criação da figura do provedor de bairro para ajudar a identificar situações menos corretas no espaço públicos e contribuir para uma resolução mais célere.
“Será alguém que colaborará com as entidades oficiais na melhoria das condições do seu bairro ou que pelo menos apontará as situações que não estão corretas para que as entidades possam tomar as devidas diligências”, explicou hoje à agência Lusa o presidente da Junta de Freguesia da Guarda, João Prata.
O autarca descreve que provedor será uma figura “para auxiliar a governação da cidade e manter no mínimo a via pública ou todos os espaços públicos em condições devidas e contribuir para que as respostas não tardem tanto como se vai verificando”.
João Prata salienta que o projeto vai “oficializar” a dinâmica cívica que já se faz sentir diariamente na Junta de Freguesia.
“Estamos na Junta desde 2013, é raro o dia em que não tenhamos uma interação com cidadãos da freguesia que vão apontando e às vezes sugerindo sobre o que pode ser melhorado”, refere o autarca.
“É a lâmpada que está fundida, o passeio que está com um buraco, a estrada que não está marcada, o mobiliário que está danificado… vão reportando situações e alertando para outras que estão prolongadamente à espera da solução”, exemplificou.
A intenção é criar entre 10 e 12 provedores de bairro para abranger toda a área da freguesia, incluindo as localidades do meio rural.
Para já, a intenção da Junta de Freguesia é divulgar este projeto e perceber quem está interessado em ser provedor e proceder à sua seleção nos vários bairros.
“A nossa preocupação não é fazer tudo, mas indo de forma gradual procurando fazer a melhor seleção”, refere João Prata colocando a hipótese de ser feita uma experiência em três ou quatro locais para depois se alargar o projeto a toda a freguesia.
O autarca ressalva a necessidade de uma boa colaboração “de modo que não se criem situações menos simpáticas, quer para a Junta, quer para outras entidades oficiais, quer para os provedores. A preocupação não é criar litígios é, antes de mais, resolver problemas”, sublinha.
O regulamento do projeto está aprovado pela Assembleia de Freguesia e foi apresentado recentemente à comunidade.
A apresentação contou com a colaboração do município de Cascais, no distrito de Lisboa, onde existe um programa com designação diferente, mas propósito semelhante.
“O município de Cascais disponibilizou uma técnica e um tutor de bairro que explicaram o funcionamento deste programa na vila de Cascais e com quem queremos aprofundar conhecimento”, sustentou João Prata.
Depois da seleção dos provedores, o município de Cascais disponibilizou-se para mostrar como é que o projeto funciona no terreno, adiantou o autarca.
A Freguesia da Guarda tem uma população recenseada de 26 mil habitantes. Abrange todo o centro urbano e zona envolvente urbana da cidade e também as localidades de Alfarazes, Galegos, Monte Barro, Quintazinha do Mouratão, Sequeira, Carapito, Cabreira, Zambito e Coviais de Baixo.
