O edifício da antiga PSP, situado no centro da cidade da Covilhã, vai ser recuperado de modo a receber um novo centro de Incubação e Empreendedorismo. O investimento total ronda os 800 mil euros e tem já assegurado uma comparticipação de 85 por cento, sendo que o restante deve ser financiado no âmbito de um empréstimo, cujo procedimento foi aprovado na sessão privada do executivo de sexta-feira, isto ao mesmo tempo que se procedeu ao lançamento do concurso para a obra.
Uma forma de acelerar o processo, referiu o presidente da Câmara, Vítor Pereira, que garantiu que a obra avança, independentemente da aprovação do empréstimo. O autarca destacou ainda a importância deste projeto por juntar a recuperação patrimonial com o apoio ao empreendedorismo.
O espaço terá 40 lugares de cowork, seis escritórios para empresas, dois espaços de experimentação, auditórios e sala de reuniões.
“É uma espécie de incubadora no coração da cidade e na proximidade dos mais diversos polos da universidade”, apontou Vítor Pereira, respondendo assim às dúvidas previamente manifestadas pelos vereadores da oposição quanto à necessidade de mais um centro de incubação.
O vereador do movimento independente, Carlos Pinto, considerou “louvável” a recuperação do edifício, mas assumiu que receia pela sua concretização, já que só agora será pedida parte do financiamento. Também questionou a utilidade do espaço, quando a Covilhã já tem outras infraestruturas de para a incubação de empresas, como do Parkurbis: “Isto demonstra falta de rumo da autarquia quanto ao empreendedorismo”, disse.
Adolfo Mesquita Nunes (CDS) também salientou que a contrapartida nacional da obra ainda nem está assegurada, pelo que classificou este anúncio de “pura propaganda”. Além disso, tendo em conta os espaços já existentes, referiu que as verbas em causa deveriam ser investidas não em imobiliário, mas em condições para captar mais investimento e ajudar as empresas incubadas a desenvolverem-se.