O Comando Territorial da GNR da Guarda refere em comunicado enviado à agência Lusa que o homem foi identificado na quinta-feira, através do Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) de Gouveia.
“Na sequência do alerta de um incêndio florestal no início da noite de dia 17 de março [quarta-feira], os elementos do NPA deslocaram-se ao local, tendo apurado que o incêndio teve origem na realização de uma queima de sobrantes florestais e consumido uma área superior a 300 hectares em área florestal”, indica a fonte.
A GNR adianta na nota que no decorrer das diligências policiais identificou o suspeito e os factos foram remetidos para o Tribunal Judicial de Seia.
A ação de investigação contou com o reforço de militares dos Postos Territoriais de Seia e de Loriga.
O Comando Territorial da GNR da Guarda relembra que as queimas de sobrantes “são uma das principais causas de incêndios” no país.
“Em qualquer altura do ano é proibido queimar matos cortados e amontoados e qualquer tipo de sobrantes de exploração florestal ou agrícola sem pedir autorização ou fazer comunicação prévia”, acrescenta.
O fogo que deflagrou às 23:27 de quarta-feira, numa área de pinhal e mato, na localidade de Cabeça, freguesia de Vide e Cabeça, em Seia, entrou pelas 18:19 de quinta-feira na fase de resolução, segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) da Guarda.
Segundo o CDOS, as chamas, que evoluíram para uma zona de difícil acesso, não colocaram “povoações em risco”.
No combate ao incêndio chegaram a estar envolvidos um total de 161 homens, 47 viaturas e cinco meios aéreos (quatro aviões e um helicóptero), indicou.
Segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o incêndio está hoje em fase de conclusão (incêndio extinto, com pequenos focos de combustão dentro do perímetro) e no terreno encontram-se 44 homens, 10 viaturas e um meio aéreo.