O presidente da Câmara de Celorico da Beira, Carlos Ascensão, disse hoje que a área ardida no concelho “é significativa”, sobretudo na zona de Linhares da Beira e espera que haja “sensibilidade social” por parte dos responsáveis políticos.
“Relativamente aos estragos feitos [pelo incêndio], para além da natureza, há ali um prejuízo sobre o qual ainda não fizemos o levantamento, porque o terreno não nos permite fazer a avaliação. Mas há estragos, sobretudo um custo significativo, em termos de uma classe rural que já estava com dificuldades (agropecuária) por causa da seca, falta de água, pastagens e forragens. O que sobrou, agora ficou queimado”, afirmou o presidente deste município do distrito da Guarda.
O incêndio rural que lavra desde sábado na Serra da Estrela atingiu os concelhos da Covilhã (distrito de Castelo Branco), Manteigas, Gouveia e Guarda (distrito da Guarda), e passado a meio da manhã de quinta-feira para o concelho de Celorico da Beira (distrito da Guarda).
“Isto significa que esses pastores terão pela frente tempos de dificuldades e esperemos que haja sensibilidade e justiça sociais e os nossos responsáveis [políticos] olhem com atenção e ajudem numa situação que já era quase de calamidade, por causa das condições climatéricas e que agora, se vê agravada”, sustentou.
Quanto à área ardida, Carlos Ascensão não sabe precisar o número de hectares, mas diz que se trata de “uma área significativa”, sobretudo, na zona de Linhares da Beira.
“Sei que é um número significativo de hectares, mas não sei precisar”, frisou.
Quanto ao incêndio, o autarca sublinhou que, neste momento, “as coisas estão calmas”.
“A situação neste momento é de calma. Conseguiu dominar-se o incêndio, sobretudo na zona de Linhares da Beira e algumas [povoações] anexas, que foram as mais fustigadas no nosso concelho [Celorico da Beira]”, disse.
O presidente do município de Celorico da Beira referiu que na quinta-feira, a partir das 17:00, “houve um significativo aumento de meios, tanto operacionais como meios aéreos”.
“Hoje também está no terreno um número significativo de meios, sobretudo, no concelho da Guarda, junto à freguesia de Videmonte, que é em termos de proximidade, a preocupação maior. Mas, acredito que esteja neste momento (já não é sem tempo) a caminhar para se resolver este problema que já dura há tempo demasiado”, concluiu.
Carlos Ascensão lamentou também o acidente que se registou na quinta-feira, com os bombeiros de Loures e que provocou feridos.