Greve dos 'call centers’ e lojas da EDP com adesão acima de 50%

Para esta quarta-feira, em que os trabalhadores cumprem o segundo dia de greve, está prevista uma manifestação frente edifício do centro de contacto, em Seia, e a expectativa é que a adesão seja maior.

A greve dos trabalhadores de empresas que prestam serviços nos centros de contacto e lojas da EDP está a registar uma adesão acima dos 50%, segundo o SITE, que espera que seja ainda mais expressiva na quarta-feira.

“A adesão, nas lojas e nos ‘contact centers’ é de mais de 50%”, disse à Lusa Carlos Veloso, dirigente do SITE Centro Norte (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente), sinalizando que se trata ainda de dados preliminares.

A greve, que se prolonga até ao final de quarta-feira, foi convocada pela Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Química, Farmacêutica, Elétrica, Energia e Minas (Fequiemetal) e pelos seus sindicatos (SITE Norte, SITE Centro Norte, SITE CSRA e SIESI).

Na origem desta paralisação dos trabalhadores dos prestadores de serviço do grupo EDP está a “necessidade urgente” de valorização dos salários, com os representantes dos trabalhadores a exigirem um aumento de 150 euros para todos, e a falta de resposta das “entidades patronais e da própria EDP”.

À Lusa, o dirigente sindical precisou que em causa estão entre 1.500 a 2.000 trabalhadores, cujo ordenado base é o salário mínimo nacional. Os prémios não regulares que alguns recebem, precisou, não são suficientes nem dão resposta ao aumento das despesas que enfrentam.

Carlos Veloso sublinha que, das várias empresas prestadoras de serviços, apenas uma se reuniu com os representantes dos trabalhadores e apenas para dizer que a subida dos salários para o SMN era “um ato de gestão” uma vez que os contratos de prestação de serviços com a EDP “estão cada vez mais apertados” não dando condições para que a empresa possa fazer aumentos maiores.

Para esta quarta-feira, em que os trabalhadores cumprem o segundo dia de greve, está prevista uma manifestação frente edifício do centro de contacto, em Seia, e a expectativa é que a adesão seja maior.

Caso não obtenham resposta, os sindicatos vão equacionar novas formas de luta, disse.


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