O Governo anunciou que “continua empenhado em facilitar a concretização de uma solução” para a empresa Dura da Guarda e que “os diversos cenários para o futuro” da unidade serão analisados numa reunião com a administração.
O gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros refere, em comunicado enviado à agência Lusa, que na sequência de notícias que têm vindo a público sobre a unidade da Guarda da Dura Automotive e de contactos com a Comissão de Trabalhadores da empresa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, através do secretário de Estado da Internacionalização e da representação diplomática de Portugal em Washington, nos Estados Unidos da América, “realizou uma diligência junto da presidente do Conselho de Administração da Dura Automotive”.
“Do contacto resultou a disponibilidade em analisar, em reunião a ter lugar nos próximos dias, os diversos cenários para o futuro da referida unidade”, adianta a nota.
No comunicado é ainda referido que “o Governo português continua empenhado em facilitar a concretização de uma solução que salvaguarde os interesses de todos os intervenientes neste processo”.
A Dura Automotive – Indústria de Componentes para Automóveis, Lda., instalada na freguesia de Vila Cortez do Mondego, no concelho da Guarda, tem mais de uma centena e meia de trabalhadores.
No dia 26 de agosto, no final da reunião do executivo municipal da Guarda, o presidente da câmara, Carlos Chaves Monteiro, disse aos jornalistas que a autarquia estava a acompanhar a situação na fábrica que, a partir de outubro, corre o risco de perder 60% da sua produção.
Segundo Carlos Chaves Monteiro, um cliente que representa 60% da produção da unidade fabril que produz componentes para a indústria automóvel “vai ser deslocalizado para a Índia” e a autarquia, em conjugação com o Ministério da Economia e o próprio diretor da unidade, Fernando Grilo, têm estado “em contacto estrito e permanente” no sentido de verificar os mecanismos que podem ser usados para “tentar ajudar à resolução do assunto”.
O Governo também já tinha anunciado que estava a acompanhar a condição da fábrica da Guarda e que realizou “diligências junto do maior acionista da empresa para alertar para a situação”.
Na resposta a uma pergunta feita pelo Bloco de Esquerda através da Assembleia da República, relativamente à possível deslocalização para a Índia da unidade fabril, o gabinete do ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, referiu que “a situação da empresa está a ser acompanhada por outras áreas governativas”.