Festa da Transumância e dos Pastores em Seia

A Festa da Transumância e dos Pastores, em Seia, volta a permitir pelo sexto ano consecutivo que os participantes acompanhem as ovelhas na subida à Serra da Estrela, no dia 30.

O evento, organizado pelo Município de Seia, em estreita articulação com os pastores do concelho, volta a permitir que qualquer participante “seja pastor por um dia”, foi hoje anunciado.

“A proposta é acompanhar os pastores na tradicional subida dos rebanhos à Serra da Estrela em busca de melhores pastos”, esclarece a autarquia em nota hoje enviada à agência Lusa.

Segundo a fonte, a transumância dos rebanhos é “uma prática ainda muito enraizada” na comunidade pastoril de Seia, com o objetivo único de “deslocar os rebanhos para locais que oferecem melhores condições de pasto, neste caso para a montanha”.

“A proposta é para partir à descoberta de uma das mais simbólicas atividades do pastoreio: a transumância”, sublinha.

A autarquia explica que, “pela sua autenticidade e experiência única, esta é também uma das Festas de Montanha que consubstancia o Plano de Animação da Rede de Aldeias de Montanha“.

No dia 30, um sábado, a viagem tem início pelas 07h30, no Largo da Câmara, no centro da cidade de Seia, onde o gado proveniente das terras chãs (Santa Comba, Folgosa e Maceira) se concentra.

As ovelhas atravessam depois a cidade em direção à montanha, “prosseguindo pelos seculares caminhos da transumância, em direção àquela que é a aldeia dos pastores, o Sabugueiro”.

A organização da Festa da Transumância e dos Pastores indica que pelo caminho haverá degustações gastronómicas, “como a típica merenda do Alforge, um almoço com os pastores e um programa de animação”.

A anteceder a subida à Serra da Estrela, celebra-se na aldeia de Folgosa da Madalena, no domingo, também o concelho de Seia, no distrito da Guarda, a Festa dos Pastores, que inclui uma romaria de ovelhas à festa de São João.

“Aqui, ao final da tarde, os pastores acompanhados dos rebanhos, vindos das várias aldeias, cumprem a tradição, desfilando à vez, em volta da capela de São João Batista, pedindo ao padroeiro um bom ano de pasto e proteção para o gado”, indica a nota.

As ovelhas ostentam naquele momento “os maiores e melhores chocalhos” e são enfeitadas com “peras e cabeçadas”.


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