O ano 2015 poderá vir a ser o da recuperação da natalidade em Portugal. O número de nascimentos continua a subir, com o primeiro semestre a manter a tendência verificada no final do ano passado.
Os números são do Instituto Ricardo Jorge e levam em consideração, além do número de nascimentos, o número de exames de diagnóstico precoce – o chamado teste do pezinho, que é obrigatório à nascença.
As conclusões são sintetizadas e divulgadas esta quarta-feira, no Diário de Notícias. A média de nascimentos nos primeiros sete meses de 2015 subiu em quase todo o país, o que acontece pela primeira vez em cinco anos.
Se a tendência se confirmar, 2015 pode ser o ano em que curva descendente – com mais de 50 anos – começa a inverter-se.
As mulheres com mais de 25 anos, e até ao limite da idade fértil, são as que mais têm contribuído para o aumento da natalidade. Até julho, nasceram mais 1.500 bebés do que em igual período de 2014.
O Porto lidera o “ranking”, com 8.847 nascimentos – mais 450 do que nos primeiros sete meses do ano passado. Aveiro, pelo contrário, é o distrito com menos nascimentos: 2.371 desde janeiro e menos 56 do que em igual período de 2014.
Os distritos de Bragança, Guarda, Setúbal, Beja e a Região dos Açores também contrariam a tendência ascendente, com menos nascimentos.
De acordo com uma pesquisa da Renascença na plataforma Pordata, que agrega dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), Portugal passou dos 24,1 nascimentos por mil habitantes, em 1960, para os 7,9, em 2013 e 2014, considerados os piores anos em matéria de natalidade desde que há registo estatístico de nados vivos residentes no país.
No que toca ao à Região das Beiras e Serra da Estrela, tem se notado um pequeno aumento na taxa bruta da natalidade, tendo ficado no ano passado (2014) nos 5,9 %.