Após dois anos de restrições impostas pela pandemia de covid-19, é esperada uma forte presença de emigrantes em Portugal nestas férias de verão, o que é motivo de regozijo, mas também de preocupações com a segurança rodoviária.
“Teremos este ano uma presença significativa, após dois anos de pandemia, em que as viagens tiveram restrições e as próprias pessoas acabaram por não se deslocar tanto como habitualmente faziam”, disse à agência Lusa o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
E adiantou: “Será um ano em cheio para Portugal acolher de braços abertos os portugueses e portuguesas que estão no mundo”.
Para Paulo Cafofo, é grande a expectativa em relação à presença de emigrantes portugueses e lusodescendentes em Portugal nestas férias, restabelecendo assim uma ligação física ao país que a pandemia interrompeu.
“Desejamos um regresso com boa energia, que tragam não só o seu exemplo daquilo que nos dão enquanto inspiração de quem vence na vida com muito empreendedorismo e coragem, mas também tragam investimentos”, referiu.
“Também é um dos nossos objetivos, que estes portugueses mantenham a ligação com o país, com as visitas, a deslocação, mas também que possam perspetivar em Portugal uma oportunidade de investir, de realizar sonhos e, por isso, esperamos que venham em segurança”, adiantou, acrescentando: “Serão muito bem-vindos”.
Paulo Cafofo, que estará na fronteira de Vilar Formoso no próximo dia 30, numa sessão de boas-vindas aos emigrantes portugueses, alertou para a necessidade de as viagens serem feitas em segurança, de modo a que este seja um regresso “em alegria”.
Especialmente atenta a este regresso rodoviário, a associação Cap Magellan tem previstas várias ações de acolhimento e esclarecimento em três pontos da fronteira portuguesa: Vilar Formoso, Vila Nova de Raia e Valença.
A Cap Magellan, uma associação de jovens lusófonos da Europa, que promove a língua portuguesa, a cultura lusófona e ações de cidadania, promove este ano a 20ª edição da campanha de segurança rodoviária que visa alertar para os perigos das longas viagens, como a fadiga e o excesso de velocidade.
Gabriela Vieira, coordenadora desta campanha de segurança rodoviária, explicou à Lusa que são esperados muitos emigrantes portugueses nas estradas portuguesas, rumo a Portugal.
Este ano, disse, o lema da campanha é “Vamos salvar vidas” e Gabriela Vieira está certa que esta receção aos portugueses que vivem no estrangeiro ajuda nesse propósito.
Nestes três locais os voluntários da Cap Magellan irão distribuir sacos com ofertas e lembrar mais uma vez que é preciso fazer uma pausa na condução de duas em duas horas.
“O emigrante quer chegar a casa o mais depressa possível, mas é preciso parar e descansar, ainda mais com os fogos que assolam muitos dos países que atravessam”, referiu.