“O CDS tem a sua estratégia muito clara. Nós queremos uma alternativa para o país, uma alternativa de centro e de direita, uma alternativa que ponha de lado não apenas a esquerda mais radical do PCP e do BE, mas também o PS, porque entendemos que é preciso outro fôlego, outra ambição, outro rasgo para o nosso país”, afirmou Assunção Cristas.
A líder do CDS-PP falava aos jornalistas, na Guarda, durante uma visita ao Hospital Sousa Martins, quando questionada sobre as declarações do presidente do PSD, Rui Rio, que defendeu que o objetivo do partido nas próximas legislativas deve ser “afastar BE e PCP da esfera do poder”.
“Tenho dito desde sempre que, para isso, temos que ter uma maioria de metade do Parlamento mais um no espaço político de centro e de direita. E é ai que eu conto também com o PSD para podermos fazer essa maioria, que afaste do poder não só PCP e BE, mas também PS”, afirmou.
Segundo Cristas, a estratégia do CDS-PP é muito clara: “Um voto no CDS não vai apoiar António Costa e, portanto, aqueles que não se revêm em António Costa têm uma solução muito clara e um voto muito claro nas eleições, que é no CDS, e é essa a nossa garantia”.
Quando questionada sobre uma eventual coligação pós-eleitoral, disse que “certamente”, com “aqueles que, no espaço político de centro direita, se revejam nesta alternativa” que é ter uma “verdadeira governação de centro e de direita” para o nosso país.
“É essa a nossa visão, é essa a nossa aposta. Entendemos que o país deve, de facto, virar a página, não apenas de BE e [de] PCP, mas também de PS”, reafirmou.
Para a líder do CDS-PP, “a solução para quem é de direita em Portugal passa, certamente, pelo CDS e por todos aqueles que, nesta área política, se revejam numa alternativa muito clara”.
“Portanto, para o CDS as coisas são simples. Queremos ser uma alternativa, queremos fazer parte de uma alternativa. Um voto em nós não apoiará António Costa, um voto em nós serve para derrubar António Costa”, concluiu.
Sobre o setor da saúde, após uma reunião com a administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, que gere o Hospital Sousa Martins, Assunção Cristas mostrou-se preocupada com “a exiguidade” de médicos e de enfermeiros naquela unidade.
Disse ainda que do ponto de vista financeiro, ouviu preocupações com o “subfinanciamento crónico” da ULS e a dificuldade em fazer faça à passagem para as 35 horas.
Assunção Cristas adiantou que também registou preocupações relacionadas com a necessidade da requalificação do denominado Pavilhão 5 do Hospital da Guarda.
Defendeu a necessidade de implementação de medidas como o CDS-PP apresentou, como “um verdadeiro estatuto de benefício fiscal para o Interior com uma taxa de 50% a menos no IRS e outros benefícios nomeadamente nos transportes”.
O Governo “tem de olhar com outros olhos” para o Interior do país, rematou.