Covilhã vende “amores de pêssego" por um euro

A autarquia da Covilhã não quer ser reconhecida apenas pela cereja e decidiu lançar um desafio aos pasteleiros da cidade: criar o melhor bolo de pêssego.

De pêssego da Cova da Beira, claro. Ganhou o “amor de pêssego” e faz também sucesso um gelado.

Tem sido um “entre e sai” de gente na Pastelaria Almeida, à procura do amor de pêssego. Rui Almeida, 32 anos, o criador da iguaria diz que lhe saiu o Euromilhões.

“Ontem e hoje ainda não paramos de fazer os novos pasteis. As pessoas estão a encomendar, desde que tenham um euro está sempre disponível. Foi um Euromilhões para nós e para a própria câmara”, assume o jovem pasteleiro, que segue o negócio de família, desde que se lembra de existir. Quanto à receita Rui Almeida, não avança pormenores, diz apenas que é “massa filo” e, “depois, só à base de pêssego, ovos e leite”.

O pêssego da Cova da Beira deu por estes dias também origem a um gelado. João Fazenda, 65 anos, tem uma gelataria a produzir há varias décadas e não se lembra de um gelado seu ter feito tanto sucesso, como o novo gelado de pêssego da Cova da Beira. João admite que não tem mãos a medir para as encomendas. “Foi uma belíssima ideia, porque as pessoas estão a aderir, vários cafés e restaurantes pediram e já estão a repetir”, conta.

Os novos produtos – pastel e gelado – de pêssego surgiram no âmbito de um concurso promovido pela a autarquia da Covilhã, com o intuito de dinamizar a produção e comercialização do pêssego, como diz à Renascença o presidente da autarquia, Vítor Pereira: “Na Cova da beira, produzimos mais de 60% da produção nacional. Decidimos lançar o concurso do bolo de pêssego para lhe dar relevância e apostar nos nossos fruticultores”, sublinha.

A Covilhã ganhou um novo doce com o nome de amor. Não há como o primeiro nem se partilha a receita. “Partilhar a receita, não. É o meu primeiro amor, o verdadeiro” sorri, o pasteleiro que inventou o “amor de pêssego”.


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