Covilhã recebe concerto "Portugal solidário" com Migrações

Dez cidades portuguesas são palco, no dia 25, de “Portugal solidário”, uma iniciativa que contempla a realização em simultâneo de dez concertos, com a receita das bilheteiras a reverter, na totalidade, para dois organismos que apoiam refugiados.

Sónia Tavares & Nuno Gonçalves, dos The Gift, Helder Moutinho, António Victorino d’Almeida, Tiago Bettencourt, Viviane, Ala dos Namorados, Tito Paris, Carlos Guilherme, Mísia, Maria João e Mário Laginha, Ricardo Ribeiro, Vitorino, Mafalda Arnauth, Zeca Medeiros e Rita Redshoes são alguns dos artistas que aderiram à iniciativa, de forma “absolutamente desinteressada”, segundo uma nota da organização.

Promovida por jovens de escolas de música, sob o lema “Portugal Solidário”, a iniciativa mobiliza solistas, instrumentalistas, coros e orquestras para uma iniciativa a realizar no continente, nos Açores e na Madeira, e cujas receitas de bilheteira serão doadas, na íntegra, ao Conselho Português para os Refugiados (CPR) e à Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR).

Faro (Teatro das Figuras), Elvas (Cine-Teatro), Lisboa (Aula Magna), Coimbra (Teatro Académico Gil Vicente), Covilhã (Teatro Municipal), Espinho (Auditório – Academia de Música), Lamego (Teatro Ribeiro Conceição), Bragança (Teatro Municipal), Funchal (Teatro Baltazar Dias) e Ponta Delgada (Portas do Mar) são as cidades onde decorrerão os concertos, cujo bilhete de ingresso custa dez euros.

Através dos contactos das escolas de música, foi também criada uma rede para recolha de vestuário, calçado e mantimentos, que serão enviados para os centros de acolhimento e registo dos refugiados, na Croácia, Eslovénia e Hungria, em articulação com a Cruz Vermelha.

No dia dos concertos, os auditórios onde estes vão realizar-se servirão também como centros de recolha de bens e alimentos.

“Consciencializar as pessoas para a dimensão da catástrofe humana dos refugiados” e refletir sobre a “grande crise de valores” que a Europa atravessa, sem que possa “ficar indiferente” à situação, são, segundo a organização, objetivos da iniciativa.

Em Lisboa, no domingo, os concertos realizam-se na Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) e no espaço Music Box, onde decorrerá uma festa solidária de boas vindas aos refugiados, com atuações dos For the glory, Easyway, Viralata, xGAEAx, Artigo 21, Shape e F.P.M.

A iniciativa conta com a participação de Shahd Wadi, ativista dos direitos humanos e do povo palestiniano e membro do Comité de Solidariedade com a Palestina, e de Rodrigo Rivera, do SOS Racismo.

Na Gulbenkian, o concerto realiza-se no Grande Auditório, os bilhetes vão custar de 15 a 30 euros, e o solista, o músico Pavel Gomziakov, vai interpretar o violoncelo Stradivarius Chevillars, com 290 anos, classificado como tesouro nacional.

Este violoncelo é uma das jóias da coroa do espólio do Museu da Música, pertenceu ao rei D. Luís I (1838-1889) e é o único instrumento em Portugal com a assinatura do construtor António Stradivari (1644-1737).

No dia 25, no Porto, na Casa da Música, o coro residente interpretará composições de Claude Debussy, Paul Hindemith, Elliott Carter, Bernd Frank e Maurice Ravel, enquanto no Hard Club Porto, os Blind Zero, Helena Sarmento e Mundo Secreto, figuram da lista de músicos que atuam no “bomPorto – concerto pelos refugiados”.

As receitas destes dois concertos vão reverter para o CPR.


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