Covid-19: Região Viseu Dão Lafões esclarece que programa de testes é nacional

Os testes de despistagem à covid-19 realizados na região fazem parte de uma “comparticipação/copagamento, no âmbito de um programa nacional promovido pelo Ministério do Trabalho”.

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões esclareceu em comunicado, que “não efetuou qualquer aquisição de serviços ao laboratório ALS” e que os testes de despistagem à covid-19 realizados na região fazem parte de um programa nacional.

“Importa esclarecer que a CIM Viseu Dão Lafões não efetuou qualquer aquisição de serviços ao laboratório ALS, igual procedimento teve quanto ao laboratório que efetuou os testes às instituições do município de Aguiar da Beira”, explica a instituição, em comunicado de imprensa.

Segundo o documento, os testes de despistagem à covid-19 realizados na região fazem parte de uma “comparticipação/copagamento, no âmbito de um programa nacional promovido pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS), e cuja coordenação nacional e aquisição de serviços compete à Cruz Vermelha Portuguesa”.

A CIM Viseu Dão Lafões divulgou esta posição depois de o secretário de Estado do Desporto e Coordenador Regional do Centro no Combate à covid-19, João Paulo Rebelo, ter sido acusado de ter favorecido um ex-sócio.

Em causa está a contratação de empresas de um ex-sócio aptas a realizar testes de diagnóstico à covid-19, de ter recrutado para motorista oficial um apoiante político que já conduziu sob o efeito de álcool e de também estar envolvido na nomeação da sua cunhada Helena Rebelo para a administração do Centro de Saúde de Lafões, assim como na exoneração do vice-presidente do Instituto Politécnico de Viseu.

Neste sentido, a CIM Viseu Dão Lafões esclarece que “teve conhecimento do programa de intervenção preventiva, para a realização de testes de despistagem covid-19 às Instituições/IPSS da região, através de um ‘email’ remetido pelo gabinete da senhora secretária de Estado da Ação Social, no passado dia 9 de abril”.

Nesse ‘e-mail’ dizia que “a realização dos testes de despistagem SARS COV-2 seria, assim, assegurada pelo MTSSS, em parceria com universidades, centros de investigação e institutos politécnicos, certificados pelo INSA, hospitais e unidades locais de saúde, assim como laboratórios privados, em função da respetiva capacidade em cada região”.

Uma informação que foi dada a conhecer, “de uma maneira mais profunda, aos autarcas da CIM Viseu Dão Lafões, numa reunião a 15 de abril e onde também estiveram presentes o senhor secretário de Estado da Juventude e do Desporto, também Coordenador Regional do Centro para o combate à COVID-19, João Paulo Rebelo”.

“Nesta reunião participaram, também, os Centros Distritais de Segurança Social de Viseu e da Guarda, os Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) de Viseu e da Guarda e, ainda, representantes do Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES) Dão Lafões”.

O comunicado adianta que, “nesta reunião, o senhor secretário de Estado teve a oportunidade de apresentar o referido programa, tendo apresentado, também, o modelo de parceria que estava a ser estabelecido, igualmente, em outras regiões do país”.

João Paulo Rebelo deu igualmente nota de que “estavam a ser formalizados vários protocolos entre a Cruz Vermelha Portuguesa e os vários laboratórios/universidades de forma a aumentar a capacidade de resposta à realização dos testes em cada uma das regiões”.

“Perante as opções que foram presentes, tendo em vista a celeridade, capacidade de resposta e os valores financeiros, os municípios anuíram em cofinanciar, no quadro já referido de articulação, sendo os laboratórios enquadrados em protocolo que seria diretamente estabelecido pela Cruz Vermelha Portuguesa”, refere.

No documento lê-se ainda que, “nessa reunião, foi informado, também, que os laboratórios que viessem a cooperar nesta missão teriam esse enquadramento, o que já estaria a acontecer com o laboratório ALS e a citada ONG”.

“É, assim, que a Cruz Vermelha Portuguesa, na qualidade de coordenadora a nível nacional da testagem de vírus SARS COV-2, formalizou um protocolo com o laboratório ALS, para a realização dos referidos testes, tendo os autarcas tido conhecimento desse mesmo protocolo na referida reunião”, conta a CIM Viseu Dão Lafões.


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