Congresso da VMER da Guarda reúne 400 intervenientes na emergência pré-hospitalar

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O Congresso vai abordar questões relacionadas com a realidade multidisciplinar no pré-hospitalar, os mitos da reanimação, as vias verdes, a realidade ibérica e as comunicações difíceis.

O IV Congresso da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) da Guarda reúne esta quinta e sexta-feira mais de 400 participantes, para promover a atualização científica e troca de experiências entre intervenientes na emergência pré-hospitalar.

A iniciativa, organizada pela associação dos colaboradores da VMER da Guarda, da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, junta profissionais da saúde e operacionais das corporações de bombeiros, da Cruz Vermelha e da Proteção Civil, disse à agência Lusa o coordenador da VMER da Guarda, Pedro Ventura.

O médico realça a importância do congresso como plataforma de troca de experiências e de conhecimentos entre todos os envolvidos na área da emergência pré-hospitalar. “Quanto mais atualizados e uniformes estiverem na linha de pensamento, melhor”, sustenta.

Pedro Ventura sublinha que gostava que o Congresso transmitisse a mensagem de que “a ULS da Guarda é uma interveniente ativa na atualização científica de todos os intervenientes na emergência pré-hospitalar”.

O Congresso vai abordar questões relacionadas com a realidade multidisciplinar no pré-hospitalar, os mitos da reanimação, as vias verdes, a realidade ibérica e as comunicações difíceis.

Pedro Ventura destaca que irá ser abordada a alteração recente na Via Verde coronária na região, através da qual os doentes passaram a ser encaminhados para o Hospital da Covilhã em vez de irem para Viseu.

O Hospital da Covilhã tem em funcionamento desde início de fevereiro a Unidade de Intervenção Cardiológica. “Antes o mais perto que tínhamos era Viseu, agora temos a Covilhã e ganha-se algum tempo. Nem que sejam 10 minutos pode fazer a diferença”, evidencia Pedro Ventura.

O médico refere que a situação não é válida para todos os doentes do distrito, ressalvando que “um doente de Fornos de Algodres que tem um enfarte continua a ser melhor ir para Viseu”.

“Já utilizámos o hospital da Covilhã para a via coronária e tem corrido muito bem. O ganho é sempre para os doentes”, afirma.

O Congresso, que decorre no Teatro Municipal da Guarda, inclui a realização de um simulacro no Jardim José de Lemos. O cenário para o exercício será uma situação que “vai provocar várias vítimas que vão precisar de cuidados de emergência pré-hospitalar”, explica Pedro Ventura, sem querer adiantar mais detalhes.

A VMER da Guarda atua na área da ULS da Guarda que abrange 13 concelhos do distrito da Guarda. A sua atuação é solicitada através do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), podendo haver situações em que se pode justificar a deslocação a zonas vizinhas da responsabilidade de outra VMER.

O funcionamento da VMER é assegurado atualmente por 15 enfermeiros e outros tantos médicos, apesar de na ULS da Guarda o número de médicos habilitados para integrar a tripulação da viatura ser superior.

A VMER da Guarda é uma das viaturas do país que tem dificuldades em assegurar a operacionalidade a 100 por cento.


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