Comando da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro já tem instalações na Guarda

Basica Saomiguel 768x576

Para a instalação da UEPS no imóvel, a Câmara comprometeu-se a realizar obras nos balneários, que, de acordo com o autarca, terão “pouco custo”.

O comando nacional da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da Guarda Nacional Republicana (GNR) vai ficar instalado na Guarda, na antiga Escola de São Miguel, que encerrou no verão.

A instalação do comando da UEPS na Guarda foi anunciada em 2017 pelo então ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, após os incêndios daquele ano.

Em 2021, durante a cerimónia de entrega do estandarte nacional à UEPS, na Guarda, o governante reiterou a intenção, mas disse que a sua localização ainda estava a ser discutida com a autarquia.

O contrato de comodato para cedência das instalações à GNR foi aprovado pela Câmara Municipal, na reunião quinzenal do executivo, na quarta-feira.

O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, explicou que se conseguiu “chegar a um acordo com a GNR para que se instalem na antiga escola de São Miguel os serviços da UEPS”.

“O que aprovámos é que ali seja instalado o Comando Nacional e o Estado-maior da UEPS, uma Companhia Ataque Estendido, o comando da Companhia de Intervenção e Socorro 14 Viseu/Lafões/Beiras e Serra da Estrela/Beira Baixa, o posto de intervenção e proteção e socorro da Guarda e um Centro Nacional de Formação para a UEPS”, precisou o autarca.

“No horizonte da sua instalação estamos a falar em 250 novos militares da GNR na Guarda. Estou verdadeiramente satisfeito por ter conseguido alcançar este objetivo e que pela primeira vez um general tenha posto de trabalho na Guarda”, sublinhou Sérgio Costa.

Para a instalação da UEPS no imóvel, a Câmara comprometeu-se a realizar obras nos balneários, que, de acordo com o autarca, terão “pouco custo”.

Sobre outras intervenções, Sérgio Costa referiu que terão de ser feitas ao abrigo de um contrato interadministrativo.

Os três eleitos do PSD abstiveram-se na votação da proposta, argumentando que havia outros espaços alternativos.

O vereador Carlos Chaves Monteiro argumentou que era escusado “um custo tão pesado como o fecho de uma escola”.

O autarca considerou que a decisão “prejudicou as famílias e a comunidade educativa”.

A vereadora socialista, Adelaide Campos, ressalvou que o fecho da escola já estava previsto na Carta Educativa do concelho há vários anos, mas criticou “a forma como tudo foi feito”.

“Isto já se sabia que ia ser feito, mas a Câmara deixou esticar a corda até ao último ponto e apanhou desprevenidos os pais e os alunos”, salientou.

O presidente da Câmara justificou que o encerramento da escola “foi separado” deste processo e feito no âmbito do que previa a Carta Educativa.

O autarca explicou que foram apresentadas seis localizações possíveis à GNR, que acabou por optar por aquele espaço.


Conteúdo Recomendado