Em requerimentos dirigidos às 14 autarquias do distrito da Guarda, os três deputados perguntam se os idosos que vivem sozinhos e/ou isolados nos respetivos concelhos estão sinalizados.
Caso os idosos estejam sinalizados, o CDS-PP quer também saber quantos moram sozinhos e quantos estão isolados.
“Quantos idosos moram acompanhados por outros idosos? E, destes, quantos estão isolados?”, também questionam os deputados.
O CDS-PP pergunta ainda se cada autarquia dá algum tipo de apoio aos idosos que vivem sozinhos e se tem algum protocolo com Instituições Particulares de Solidariedade Social ou com Misericórdias.
“Há falta de residências e lares da terceira idade no seu concelho? Os que existem são acessíveis à maioria dos idosos?”, são outras das perguntas colocadas por Pedro Mota Soares, Hélder Amaral, Ana Rita Bessa e João Rebelo.
No requerimento, o partido questiona ainda se cada município “desenvolveu, ou tenciona desenvolver, ações de sensibilização para que os idosos do seu concelho adotem comportamentos de segurança que permitam reduzir o risco de se tornarem vítimas de crimes”.
Nos casos em que as autarquias não tenham sinalizado os idosos a viver sozinhos e/ou isolados, é perguntado qual é a razão para tal acontecer e se tencionam efetuar essa sinalização.
O CDS-PP lembra em comunicado que o número de idosos “ultrapassou o número de jovens pela primeira vez, em Portugal, em 2000, tendo o índice de envelhecimento, que traduz a relação entre o número de idosos e o número de jovens, atingindo os 141 idosos por cada 100 jovens em 2014” e que em 2017 “este número subiu para 156”.
Segundo a nota, “há cada vez mais idosos a viverem sozinhos ou isolados” e no último Censos Sénior, a GNR sinalizou 45.563 idosos que vivem sozinhos e/ou isolados, ou em situação de vulnerabilidade, devido à sua condição física, psicológica, ou outra que possa colocar a sua segurança em causa.
“Muitos destes idosos são pessoas que, devido à sua especial suscetibilidade, necessitam de uma proteção especial e reforçada, quer seja em termos sociais, económicos, de saúde ou de justiça”, aponta do CDS-PP.
Depois de lembrar que “casos de isolamento e solidão muitas vezes acabam em tragédia”, o Grupo Parlamentar do CDS-PP defende que “importa garantir a existência de mecanismos efetivos de proteção que salvaguardem e atendam às particularidades, riscos e fragilidades dos mais idosos”.