A Câmara Municipal de Seia decidiu contrair um empréstimo para liquidar uma dívida de 37,3 milhões de euros, referente ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) e ao Plano de Reequilíbrio Financeiro (PRF), foi hoje anunciado.
A autarquia de Seia, no distrito da Guarda, presidida pelo socialista Carlos Filipe Camelo refere, em nota hoje enviada à agência Lusa, que o executivo municipal aprovou a contratação de um empréstimo a “médio/longo prazo, até ao montante de 37.350.000,00 euros e pelo período de 13 anos e meio, para a amortização integral” do PAEL e do PRF.
A decisão do empréstimo foi deliberada por unanimidade na última reunião do executivo municipal de Seia.
Segundo a fonte, o relatório final dos empréstimos “vem confirmar a expectável diminuição de encargos totais, que, apesar dos ‘spread’s’ e comissões diferenciadas, apresentam no global uma diminuição significativa dos juros e encargos dos empréstimos, com encargos de 4,5 milhões de euros contra 10,344 milhões do PAEL e PRF”.
A autarquia adianta que a medida permitirá ao município diminuir os encargos totais com a dívida, na ordem dos 5,7 milhões de euros.
“Valeu a pena caminhar por aqui”, refere o presidente da Câmara Municipal de Seia, Carlos Filipe Camelo, citado na nota, em relação à segunda consulta à banca, que foi aprovada na última reunião do executivo, que incluiu o convite a oito instituições bancárias e a que responderam afirmativamente, “com taxas e encargos ajustados às atuais condições de mercado”.
A contratação deliberada, “para além de diminuir os encargos totais, prosseguindo com o objetivo de minimização de custos diretos e indiretos numa perspetiva de longo prazo, permitirá num futuro próximo alocar recursos financeiros para outras áreas”, indica.
A Câmara Municipal de Seia, na Serra da Estrela, lembra que a liquidação antecipada dos empréstimos do PAEL e do PRF só é possível “graças à drástica redução da dívida total do município nos últimos anos, atualmente com um rácio inferior a 2,25 vezes à média da receita líquida cobrada nos três exercícios anteriores”.
“Enaltecer, neste sentido, a trajetória decrescente da dívida do município, decorrente da aposta estratégica na contenção das despesas e seletividade do investimento: menos 14,5 milhões nos últimos quatro anos, dos quais 3,7 milhões em 2017”, conclui.